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Câncer de esôfago: entenda causa da morte de Pepe Mujica

O ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica morreu nesta terça-feira (13/5), aos 89 anos. Ele estava em cuidados paliativos após um ano de tratamento contra câncer de esôfago.

Em janeiro deste ano, o uruguaio anunciou que o câncer, diagnosticado em abril de 2024, havia se espalhado pelo corpo e que não faria mais tratamentos. Ele explicou que a idade avançada e o corpo debilitado não permitiam um tratamento agressivo e uma cirurgia.

Nessa segunda-feira (12/5), a esposa de Mujica, Lucía Topolansky, afirmou à uma rádio local que eles fizeram todo o possível para garantir que o ex-presidente vivesse a parte final de sua vida da melhor maneira possível.

Câncer de esôfago

O câncer de esôfago é o oitavo mais prevalente em homens no mundo, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ele acomete principalmente pacientes tabagistas e ou etilistas. É uma lesão maligna que se inicia, geralmente, nas células que revestem o interior do órgão.

“O consumo de bebidas muito quentes e condições genéticas específicas como a tilose também aumentam o risco do desenvolvimento desse tipo de câncer. Nos últimos anos, a obesidade associada a refluxo gastroesofágico crônico também tem sido atribuída a fator causal, sobretudo de tumores de junção esofago-gastrica”, afirma o oncologista Thiago Assunção, do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC).

Este tipo de tumor tem alta taxa de mortalidade porque os sinais da doença são silenciosos e só aparecem quando a doença está em estágio avançado. A detecção é geralmente feita com endoscopia.

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação

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Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença

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A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: no estômago, pulmão, pâncreas, etc.

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Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago

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A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo da doença no pulmão

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Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido

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A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados

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Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos

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Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal da doença no esôfago

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 Sintomas do câncer de esôfago

O principal sinal de alerta da doença é quando o paciente apresenta dificuldades para se alimentar, mas outros sintomas podem aparecer, como:

“Quando o paciente não consegue engolir com facilidade, sente o alimento ‘preso’, ou que aquela comida não é devidamente processada, é preciso buscar ajuda médica”, afirmou o oncologista Marcos França, do Hospital Santa Marta, em Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Tratamento

O tratamento da doença depende do estadiamento da doença, localização do tumor e subtipo histológico. Ele pode incluir quimioterapia, quimioterapia concomitante à radioterapia ou cirurgia.

“Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. “Nos últimos anos tivemos importantes dados quanto ao acréscimo de imunoterapia ao tratamento desse tipo de tumor, seja no cenário metastático ou mesmo no cenário pós-cirurgia, com ganho inclusive de sobrevida para os pacientes”, afirma o oncologista do IPC.

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Fonte: Metrópoles

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