Câncer de pele atinge partes do corpo diferentes em homens e mulheres

Homens e mulheres são afetados de forma diferente pelo câncer de pele, mas especialistas indicam que a explicação não é uma diferença física, mas comportamental. As diferentes vestimentas e formas de expor o corpo ao sol culturalmente aceitas para os dois sexos influenciam, e muito, o risco de melanoma entre eles.

O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele: ele afeta as camadas mais profundas, podendo levar a metástases e quadros mais graves que o câncer comum. Em 90% dos casos, o tumor é fruto do excesso de exposição solar.

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Casos em homens e em mulheres

Um relatório divulgado pelo Cancer Research UK, uma ONG de acompanhamento de pacientes no Reino Unido, revelou que os casos de melanoma estão ligados aos padrões de roupas usadas. Em cerca de 40% dos diagnósticos identificados entre 2018 e 2021 em homens, o melanoma foi encontrado no tronco (peito, barriga e costas). A porcentagem corresponde a 3,7 mil casos da doença ao ano.

Nas mulheres, a maior incidência foi registrada nos membros inferiores, com 35% dos casos afetando as pernas e os pés, com média de 3,2 mil casos ao ano no mesmo período.

Nos homens, a região das pernas concentra apenas 13% dos diagnósticos. Enquanto isso, o tronco, onde ocorre a maioria dos melanomas masculinos, responde por 22% dos casos em mulheres.

Como reduzir o risco de câncer de pele?

A adoção de medidas simples — como uso de protetor solar, roupas adequadas e atenção ao tempo de exposição — pode reduzir significativamente os riscos de desenvolver câncer de pele. A cada 10 casos de melanoma, 9 estão vinculados à exposição solar.

Observar alterações incomuns na pele, como pintas novas ou mudanças em características existentes, também é importante. Sinais e manchas atípicas devem ser avaliados por profissionais de saúde. O Cancer Research UK recomenda três medidas essenciais que você pode tomar para reduzir o risco de câncer de pele:

  1. Fique na sombra: tome cuidado extra ao se expor ao sol entre 11h e 15h, quando os raios UV do sol estão mais fortes.
  2. Cubra-se com roupas: use chapéu de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas mais largas que cubram os ombros.
  3. Aplique protetor solar regularmente: use generosamente protetor solar com FPS 30, no mínimo. Lembre-se de repor se estiver suando ou se tiver entrado na água.

Calvície também parece influenciar

A distribuição do cabelo também pode influenciar o desenvolvimento de melanomas. Os homens apresentam quase o dobro de incidência na cabeça e no pescoço (24% contra 13%). Manter cabelos muito curtos e a ausência de cobertura capilar podem deixar essas regiões mais vulneráveis.

Nos membros superiores e ombros, as diferenças são menos acentuadas: 27% dos casos nas mulheres e 20% nos homens. Há ainda uma pequena proporção de diagnósticos em áreas sobrepostas ou não especificadas, entre 3% e 4%.

14 imagensA exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma  Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele claraO melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitosApesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantadoSegundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanomaFechar modal.1 de 14

O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como “Dermatoscopia”, que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

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Necessidade de cuidado

No Brasil, são registrados cerca de 9 mil novos casos de melanoma por ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), e a mortalidade chega a 1,8 mil pessoas ao ano.

A chefe da CRUK, Fiona Osgun, alerta que a exposição ao sol precisa ser controlada para evitar mais casos de melanoma. “É muito importante cuidar da pele ao sol. Queimar-se apenas uma vez a cada dois anos pode triplicar o risco de câncer de pele melanoma em comparação a nunca ter se queimado”, conclui.

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Fonte: Metrópoles

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