Com mais de 120 denúncias, julgamento de P. Diddy tem início nesta segunda. Relembre o caso

Começou nesta segunda-feira (5/5) o aguardado julgamento do rapper Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, nos Estados Unidos. Acusado de liderar um esquema de exploração sexual, o rapper enfrenta mais de 120 denúncias que envolvem crimes como assédio, estupro, tráfico sexual, extorsão e coerção. Os primeiros depoimentos estão previstos para o próximo dia 12.

Diddy se declara inocente. Seu advogado, Marc Agnifilo, voltou a criticar a promotoria, classificando a acusação como “falha” e as condições da prisão como “desumanas”.

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P. Diddy é acusado de agressões sexuais contra mais de 100 pessoasFoto: Stan Honda/AFP
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P. Diddy no meio de convidados de uma das festas promovidas no começo dos anos 2000Foto: ZUMAPRESS.com
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P. Diddy é acusado por agressão sexual, estupro e exploração sexualFoto: Robyn Bleck/AFP
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O rapper tem atualmente 55 anos de idadeFoto: Angela Weiss/AFP
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Diddy na festa do branco / Reprodução
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Diddy no Freaks Offs / Reprodução
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 “Esteja onde estiver, ele tem a mesma determinação. Acredita ser inocente”, afirmou Agnifilo em frente ao tribunal federal de Manhattan.

O artista está detido desde setembro de 2024 no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, em Nova York. Caso condenado, poderá cumprir prisão perpétua.

Relembre o caso:

Como tudo começou

As investigações contra Diddy ganharam força em novembro de 2023, após a cantora Cassie Ventura — ex-namorada do rapper — abrir um processo acusando-o de estupro, agressões físicas e tráfico sexual. Eles se relacionaram entre 2007 e 2018, período em que ela tinha 19 anos e ele, 37.

Cassie, que assinou contrato com a Bad Boy Records, gravadora fundada por Diddy, no início do relacionamento, descreve uma relação abusiva e diz ter sido forçada a participar de atos sexuais não consentidos.

Após a denúncia de Cassie, dezenas de outras vítimas passaram a procurar a Justiça, incluindo homens e mulheres. O número de acusações ultrapassou 120.

Segundo a promotoria de Nova York, durante décadas, o rapper abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua intimidade e ocultar suas ações.

As autoridades afirmam que ele usava sua influência na indústria da música para organizar festas e eventos onde promovia abusos, muitas vezes com o uso de drogas como ecstasy, GHB (conhecida como “droga do estupro”) e cetamina.

De acordo com o promotor Damian Williams, Combs chegou a manter um esquema que forçava mulheres a longas relações sexuais com garotos de programa. Parte desses encontros teria sido filmada,  inclusive com cenas de agressões físicas.

Outras denúncias

Entre as diversas ações movidas contra o rapper, estão casos como o de Liza Gardner, que afirma ter sido estuprada em 1991 por Diddy e o cantor Aaron Hall. Em dezembro, outra vítima, de forma anônima, relatou ter sido violentada por Combs e Harve Pierre, então presidente da Bad Boy Records, quando tinha apenas 17 anos, em 2003.

Já em fevereiro deste ano, o cinegrafista Rodney Jones, ex-funcionário do artista, entrou com uma ação de 105 páginas, na qual relata ter sofrido assédio sexual de Diddy e seus associados.

Buscas e provas

Em março de 2024, o Departamento de Investigações de Segurança Nacional (Homeland Security) cumpriu mandados de busca na casa do rapper em Los Angeles. Na ocasião, Diddy estava em Nova York.

Durante a operação, agentes apreenderam vídeos que mostrariam abusos sexuais durante festas, além de objetos como garrafas de óleo de bebê, supostamente utilizados durante os atos.

Vídeo de agressão a Cassie

Em maio, um vídeo gravado em 2016 por câmeras de segurança de um hotel veio à tona, mostrando o rapper agredindo Cassie em um corredor. A artista tenta sair do local, mas é perseguida por Combs, que a puxa pela jaqueta, joga no chão e a chuta.

Após a repercussão, o rapper publicou um vídeo no Instagram em que comentou o episódio:

“Assumo total responsabilidade pelas minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora.”

O vídeo foi deletado pouco depois. Novas denúncias surgiram logo após a divulgação, incluindo uma ação da modelo Crystal McKinney, que acusa o rapper de estupro e agressão sexual.

O “núcleo” do caso

Durante as investigações, promotores revelaram a existência das chamadas “freak-offs”, festas privadas promovidas por Diddy, descritas como “maratonas sexuais”. Segundo a promotora Emily A. Johnson, esses eventos são “o núcleo desse caso” e seriam “inerentemente perigosos”.

Essas festas teriam contado com a presença de diversas celebridades, como Jay-Z, Mariah Carey, Justin Bieber, Khloé Kardashian e Ashton Kutcher. Até o momento, não há provas de envolvimento direto dessas figuras nos crimes, mas, segundo o advogado Tony Buzbee, qualquer pessoa que tenha ajudado a acobertar os atos poderá ser processada.

Primeira condenação

Em setembro de 2024, Diddy foi condenado a pagar US$ 100 milhões ao presidiário Derrick Lee Cardello-Smith, que o acusa de tê-lo drogado e estuprado durante uma festa em 1997. O rapper não compareceu à audiência e foi julgado à revelia.

Poucos dias depois, acabou preso pelas autoridades federais.

Mais de 120 denúncias

Segundo Tony Buzbee, que representa mais de 120 vítimas, uma linha direta para denúncias recebeu 12 mil ligações em apenas 24 horas. Há relatos de abusos cometidos contra homens, mulheres e até menores de idade ao longo de 30 anos.

Da ascensão à queda 

Sean John Combs nasceu em 4 de novembro de 1969, no Harlem, em Nova York. Começou a carreira como estagiário na Uptown Records, onde virou diretor antes de fundar a Bad Boy Records. Foi responsável por impulsionar a carreira de artistas como The Notorious B.I.G., Mary J. Blige, Usher, TLC e Mariah Carey.

Além da música, Diddy acumulou fortuna com marcas de roupas e bebidas, sendo considerado uma das figuras mais influentes da cultura hip hop.

Documentário 

O caso inspirou o documentário “Diddy: Como Nasce um Bad Boy”, lançado em abril de 2025 e disponível no Globoplay. A produção reúne imagens inéditas e depoimentos de vítimas, funcionários e ex-parceiras do artista, reconstruindo a trajetória do rapper desde a infância até o escândalo que o levou ao centro de uma das maiores investigações da indústria do entretenimento.



Fonte: Portal LEODIAS

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