O aguardado julgamento criminal de Sean ‘P. Diddy’ Combs teve seu início segunda-feira 5 de maio pela manhã no Tribunal Federal de Manhattan, em Nova York, marcando um dos processos judiciais mais significativos do ano nos Estados Unidos.
O influente magnata do hip-hop, de 55 anos, enfrenta acusações severas que incluem conspiração para extorsão, tráfico sexual, transporte interestadual com o propósito de prostituição e, adicionalmente, alegações de trabalho forçado.
Julgamento de P. Diddy expõe décadas de escândalos e abuso: o que esperar?
A defesa do rapper e produtor é liderada pelo proeminente advogado Marc Agnifilo, que refuta veementemente todas as acusações, insistindo que quaisquer atividades sexuais foram consensuais e que as alegações são ‘exageradas ou motivadas por interesses obscuros’.
Acusações graves colocam magnata do hip-hop no banco dos réus
O processo de seleção do júri teve seu início, sob a rigorosa supervisão do juiz distrital Arun Subramanian. As alegações iniciais das partes estão agendadas para a próxima segunda-feira, 12 de maio. A expectativa é que o julgamento se estenda por diversas semanas, dada a complexidade das acusações e o número de testemunhas e evidências envolvidas.
P Diddy recusa acordo e enfrentará julgamento por tráfico sexual
Em conformidade com as regulamentações federais, o julgamento não será televisionado. A equipe de acusação planeja apresentar um conjunto substancial de evidências, incluindo vídeos de vigilância. Um vídeo específico de 2016, que supostamente mostra Combs agredindo sua ex-namorada, a cantora de R&B Cassie Ventura, em um hotel de Los Angeles, é considerado uma peça central na argumentação da promotoria.
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Defesa alega consensualidade e motivações ocultas
Embora Combs tenha emitido um pedido público de desculpas pelo incidente após a divulgação do vídeo pela CNN em 2024, seu advogado, Agnifilo, argumenta que o vídeo, embora condenável, não comprova tráfico sexual e reflete apenas a dinâmica de um “relacionamento tóxico” que durou 11 anos.
Processo terá testemunhos, provas digitais e vídeos inéditos
A promotoria deverá se apoiar fortemente nos testemunhos das supostas vítimas, nas vastas evidências digitais apreendidas em cerca de uma centena de dispositivos eletrônicos e no vídeo incriminador de Cassie Ventura para construir um caso sólido contra o magnata.
Por outro lado, a equipe de defesa de Combs buscará desacreditar as acusações, argumentando que as interações foram consensuais ou que as alegações são exageradas e motivadas por segundas intenções. A defesa também poderá tentar argumentar que o cantor está sendo alvo de discriminação racial, um argumento que já foi apresentado e rejeitado em moções anteriores ao julgamento.
Combs se declarou formalmente inocente de todas as acusações e, caso seja condenado, poderá receber uma sentença de prisão perpétua, com uma pena mínima estipulada em 15 anos.
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Fonte: OFuxico