De vilã temida a meme? Cena de Odete no videogame marca queda de prestígio de “Vale Tudo”

O remake de “Vale Tudo” começou cercado de expectativas — e agora enfrenta uma onda crescente de críticas e rejeição. O estopim? Uma cena inusitada em que Odete Roitman (Débora Bloch) aparece jogando videogame. O momento, tratado como alívio cômico, caiu mal entre o público, que considerou a escolha incoerente com o perfil da icônica vilã e símbolo de frieza e sofisticação. O episódio se tornou símbolo do que muitos apontam como o problema central da nova versão: a falta de rumo.

A principal crítica gira em torno da dificuldade de adaptação do texto original aos tempos atuais. A nova versão tenta simplesmente “transpor” as situações dos anos 1980 para 2024, sem o devido contexto ou atualização de linguagem, o que gera estranhamento. Onde havia crítica social, hoje sobra artificialidade. Onde havia tensão, hoje reina a superficialidade.

Além disso, personagens centrais perderam densidade. Odete, por exemplo, foi suavizada, perdeu a crueldade estratégica e virou quase uma caricatura de si mesma. Heleninha (Paolla Oliveira), por outro lado, surgiu com mais força, mas sem o peso emocional que a consagrou. O resultado? Uma trama desequilibrada, sem antagonistas fortes e sem personagens por quem o público torça ou se comova.

A estrutura dos capítulos também virou alvo de queixas. Falta de ritmo, repetição de temas, ausência de viradas marcantes. Há episódios inteiros girando em torno de uma única trama (como o sumiço dos dólares), sem avanço significativo. Isso gera cansaço — e, pior, desinteresse.

O público, hoje mais exigente e conectado, sente quando falta consistência. E nas redes sociais, o veredito tem sido claro: o remake não entendeu o espírito da obra original e tampouco conseguiu criar uma nova alma. O saldo é uma novela que tenta agradar sem ousar, e que — ao fugir do conflito — acaba esvaziando o que fez “Vale Tudo” ser o clássico que foi.

A direção e o texto ainda têm tempo para ajustar o curso. Mas será preciso mais do que memes e estética moderna. Vai ser preciso coragem de fato — para recriar, arriscar e, acima de tudo, respeitar a inteligência do público.



Fonte: Portal LEODIAS

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