Um gestor público que não aceita ouvir excluídos, entidades de classe, trabalhadores, comerciantes pequenos, famílias que sofrem nos guetos com lama e poeira….usurpa o resquício de dignidade que possa ter. Açoitar professores que buscam seus direitos, então, é coisa de gente desonesta, é tirania, é falta de vergonha na cara.
Observe que tais gestos são inversamente proporcional ao perfil do governador dos acreanos, a quem Bocalom deve a prerrogativa de mandar. Graças a Cameli ele saiu do ostracismo, eterno perdedor nas urnas, até galgar o posto de chefe do executivo municipal. E ao governador, inevitavelmente, pode recair, por tabela, todo a ira de um povo que, em tempos modernos, está mais atento, politizado, crítico, e decide, assim querendo, o perfil de político que não merece voltar ao poder.
Gladson que se cuide, especialmente por se acompanhar com quem não presta. Onde está aquele governador que, num lampejo de serenidade, mandou Bocalom afastar as ruas de Rio Branco? Não pense, governador, que sua boa avaliação é eterna e sua popularidade se resume a pesquisas encomendadas a cada 30 dias. Seu silêncio sôa covardia com cidadãos que lhe idolatram e do senhor esperam atitudes de estadista preocupado em “cuidar das pessoas” de fato. E covardia, todos sabem, é um defeito que vossa senhoria não tem, por ser notoriamente valente contra injustiça social.
Não faz vergonha admitir que exagerou ao afirmar que “Bocalom vai ficar na história de Rio Branco” – uma declaração que pretendia agregar, mas que a história mostra ter sido exagerada, evitável.
Evite a selffie melosa ao lado de quem não lhe tem apreço.
Ensine o prefeito a respeitar.
Preserve seu legado de um dos governadores mais venerados pelos acreanos, afinal a tendência é o mais popular (você) cair do que o mais rejeitado subir.
Quem cala, consente!