Emprego na indústria da construção cresceu em 2023, informa IBGE

A ocupação na indústria da construção registrou crescimento na passagem de 2022 para 2023. Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta quinta-feira (22/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2023, o Brasil tinha 165,8 mil empresas de construção ativas, que empregavam 2,5 milhões. Frente a 2022, o número de empresas recuou 5,1%, enquanto o pessoal ocupado aumentou 8,7%.

Nesse período, as empresas pagaram R$ 89,6 bilhões em salários. As despesas com pessoal foram o principal componente para as indústrias da construção em 2023 (49%).

Por outro lado, o número de pessoas ocupadas — população em idade apta para trabalhar — caiu 14,7% (-425,4 mil funcionários) em 2023 na comparação com os últimos 10 anos. Em 2014, havia 2,9 milhões de trabalhadores.

Só em 2023 a indústria da construção gerou R$ 484,2 bilhões em incorporações, obras e serviços da construção. Do total, R$ 461,6 bilhões foram de obras e serviços da construção e R$ 22,6 bilhões eram de incorporações.

Perfil dos funcionários do setor

Com 2,5 milhões de funcionários até o fim de 2023, as empresas do setor da indústria da construção eram divididas da seguinte forma: 37,6% em construção de edifícios; 32,8%, em serviços especializados para construção; e 29,6%, em obras de infraestrutura.

Segundo o IBGE, em uma década, houve uma mudança significativa na distribuição de empregos entre os três grandes segmentos.

O segmento de obras de infraestrutura perdeu espaço, enquanto o de serviços especializados para construção cresceu. Além disso, a construção de edifícios permaneceu como o principal empregador ao longo de quase todo o período.

A pesquisa destaca que a queda do número de pessoas empregadas no setor, nos últimos 10 anos, foi influenciada principalmente pela redução de trabalhadores em construção de edifícios, que perdeu 273,4 mil trabalhadores.

De acordo com a PAIC 2023, a média de empregados na indústria da construção foi de 15 pessoas por empresa, com um rendimento médio de 2,1 salários mínimos por mês.

Confira como os segmentos do setor se comportaram:

  • Empresas de obras de infraestrutura tinham o maior porte (46 funcionários), além de maior salário médio mensal entre os segmentos (2,6 salários mínimos).
  • Serviços especializados para construção registraram a menor média de funcionários (10 pessoas) e salário médio mensal de 2 salários mínimos; e
  • Construção de edifícios — segmento com o maior número de empregados — registrou 14 pessoas ocupadas por empresa, recebendo 1,9 salário mínimo em média.

Segmentos da indústria da construção

Em termos nominais (ou seja, sem ajuste pela inflação), os resultados dos três segmentos, no valor das incorporações, obras e serviços da construção em 2023, foram os seguintes:

  • Construção de edifícios com R$ 192,5 bilhões;
  • Obras de infraestrutura com R$ 175,7 bilhões; e
  • Serviços especializados para construção com R$ 116 bilhões.

No ano de 2023, o setor público registrou um aumento de 1,2 ponto percentual na participação do valor de obras em relação a 2022, representando 31,6% do total. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo segmento de construção de edifícios.

Contudo, analisando os últimos 10 anos da pesquisa, o setor público perdeu espaço, passando de 33,9% de participação em 2014 para 31,6% em 2023. O destaque vai para o segmento de obras de infraestrutura, que perdeu 5,2 pontos percentuais no período.

No setor privado, as oito principais empresas respondiam por 8,6% do valor de obras em 2014, ao passo que em 2023 esse percentual caiu para 3,3% — o menor valor da série histórica iniciada em 2007.

A PAIC 2023 ainda informou o montante de produtos e serviços oferecidos pela indústria da construção. Na pesquisa, eles são organizados em sete grupamentos (confira abaixo).

  1. Incorporação de imóveis construídos por outras empresas;
  2. Obras residenciais;
  3. Edificações industriais, comerciais e outras edificações não residenciais;
  4. Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais;
  5. Obras de infraestrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos;
  6. Construção de outras obras de infraestrutura; e
  7. Serviços especializados para construção.

Ao longo dos últimos 10 anos, as obras residenciais mantiveram-se como o principal produto na construção, com uma participação de 22,1% no total. Embora positivo, o segmento recuou 6,2 pontos percentuais entre 2014 e 2023.

Na sequência ficou a construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais. Já serviços especializados para construção figurou na terceira posição e foi o produto com maior incremento nos últimos 10 anos (5,2 pontos percentuais).

Ranking dos produtos da construção

— 2014

  1. Obras residenciais: 28,3%
  2. Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais: 19,8%
  3. Serviços especializados para construção: 15,1%

— 2023

  1. Obras residenciais: 22,1% (queda)
  2. Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais: 20,5% (alta)
  3. Serviços especializados para construção: 20,3% (alta)



Fonte: Metrópoles

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