Equipe econômica admite medidas futuras para atingir meta de 2025

A equipe econômica do governo Lula (PT) admitiu nesta quinta-feira (22/5) a possibilidade de adoção de novas medidas para atingir a meta fiscal de 2025, que é de déficit zero, ou seja, receitas iguais às despesas.

“Estamos tomando essas medidas agora, que ao longo do ano são ser complementadas por outras com o objetivo de nos fixarmos naquilo que nos comprometemos para o bem das contas públicas, o que acarreta um ambiente macroeconômico mais saudável para o Brasil”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de anúncio do congelamento de R$ 31,3 bilhões neste ano, sendo R$ 10,6 bilhões em bloqueio e R$ 20,7 bilhões em contingenciamento.

“O monitoramento do Orçamento é diário. Sempre que nós entendermos conveniente tomar medidas, nós vamos ter que incidir. O tempo todo as equipes estão trabalhando nas planilhas para entender o que está acontecendo, para tentar prever o que está acontecendo para evitar de nós tenhamos surpresas desagradáveis neste ano e no próximo”, completou Haddad.

Ele disse não ser possível prever neste momento a execução orçamentária ao longo do ano. “Neste momento, essas medidas nos parecem suficientes para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal. Fizemos questão de ser muito transparentes em relação à execução pra que houvesse também por parte do Congresso, do Judiciário harmonia.”

Os ajustes nas contas públicas

  • Bloqueio e contingenciamento — tecnicamente — são duas coisas diferentes, embora sejam usadas como sinônimos. Enquanto o contingenciamento guarda relação com as receitas, o bloqueio é impactado pelas despesas.
  • O contingenciamento do orçamento é necessário quando a receita não consegue comportar o cumprimento da meta de resultado primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida) estabelecida, que é de déficit zero em 2025. Ou seja, a arrecadação com impostos federais (quanto o governo tem nos cofres) é menor do que a projetada pela equipe econômica para o período.
  • Enquanto o bloqueio se faz necessário quando as despesas obrigatórias (como os benefícios previdenciários, pagamentos de pessoal e despesas mínimas para saúde e educação) crescem e o governo precisa cortar esses gastos.
  • O detalhamento da contenção, por órgão, ainda não saiu e estará em decreto a ser publicado em 30 de maio.
  • Os órgãos deverão indicar onde serão feitos os bloqueios e contingenciamentos em até cinco dias úteis.
Leia também

Por sua vez, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, frisou que o governo persegue a meta. Ele explicou que contingenciamento e bloqueio, juntos, formam um dos instrumentos para atingimento desse objetivo.

“Tem medidas que já foram incorporadas nesse [relatório] bimestral. Mas a gente tem ao longo do ano para outras medidas que possam ser incorporadas, mas que não dependem exclusivamente de nós”, salientou Guimarães.



Fonte: Metrópoles

Secretário do Tesouro dos EUA foi contra Trump sobre saída de Powell do Fed

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, expôs reservadamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as razões pelas quais ele acreditava que o republicano...

Após polêmica, Chris Martin avisa público antes de “kiss cam” em show

O vocalista do Coldplay, Chris Martin, fez questão de avisar com bastante antecedência aos espectadores que eles poderiam aparecer em seus telões durante a...

Secretário de Comércio dos EUA diz estar confiante em fechar acordo com UE

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo (20) que está confiante de que os EUA conseguirão fechar um acordo...