Fiscalização ajuda a frear desmatamento no Brasil

O Brasil registrou uma queda significativa no desmatamento em todos os biomas em 2024 marcando um avanço histórico na preservação ambiental. Segundo o relatório anual do MapBiomas, uma rede de pesquisadores que monitora a cobertura vegetal do país via satélite, a área total desmatada recuou cerca de 30% em relação ao ano anterior.

Esta é a primeira vez em seis anos que todos os biomas brasileiros apresentam redução simultânea na destruição de suas áreas verdes. O Pantanal liderou as estatísticas positivas com uma queda impressionante de quase 60% no desmatamento. Além do Pantanal, outros biomas também apresentaram reduções expressivas: o Pampa e o Cerrado registraram queda de 40%, a Amazônia de quase 17% e a Caatinga de 13%. A Mata Atlântica foi o único bioma a apresentar um ligeiro aumento de 2%, considerado estável pelos pesquisadores.

Fatores que contribuíram para a redução

Especialistas apontam três fatores principais para essa melhoria:

1. A ampliação do plano de combate ao desmatamento, originalmente focado na Amazônia, para todos os biomas brasileiros entre 2023 e 2024.

2. O aumento significativo das ações de fiscalização, tanto em nível federal quanto estadual. A porcentagem de áreas desmatadas que recebem fiscalização saltou de 5% em 2018-2019 para mais de 50% atualmente.

3. A mudança de postura do sistema financeiro, com bancos utilizando cada vez mais os dados de desmatamento como critério para concessão de crédito rural, visando eliminar o financiamento de atividades ligadas ao desmatamento ilegal.

Apesar dos avanços, os números ainda são preocupantes. Mais de um milhão de hectares foram desmatados em 2024, com o Cerrado sendo o bioma mais afetado, respondendo por mais de 60% de toda a área destruída no país.

Tasso Azevedo, coordenador geral MapBiomas, ressalta a importância de não apenas frear o desmatamento, mas também controlar os processos de degradação florestal. “Muitas vezes você tem a degradação com fogo que não resulta em desmatamento. A floresta continua lá, mas muito impactada. É preciso também ter espaço para regenerar a floresta. Isso é importante para que a floresta continue a cumprir as suas várias funções, especialmente a função de que a gente chama de irrigação do Brasil. A floresta, especialmente na Amazônia, não só lá, ela tem esse papel de irrigação e de prover um ciclo hidrológico que permite a gente produzir energia renovável em grande quantidade, produzir alimentos também em grande quantidade e ter uma vida saudável.”

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Fiscalização ajuda a frear desmatamento no Brasil no site CNN Brasil.

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