Autoridades de saúde do País de Gales, no Reino Unido, confirmaram que 28 pessoas foram hospitalizadas com uma infecção intestinal após participarem de um evento para amamentar e acariciar cordeiros bebês em uma fazenda da região.
O surto de criptosporidiose foi associado às sessões de contato direto com os animais. A doença é causada pelo protozoário Cryptosporidium, que pode ser transmitida entre diversas espécies de mamíferos.
A transmissão ocorre com o contato oral com micropartículas de fezes dos animais e é comum em ambientes rurais onde o manuseio de animais e a dificuldade de acesso ao saneamento básico pode expor pessoas ao material contaminado.
Os sintomas incluem diarreia aquosa, cólicas abdominais, náuseas e febre leve. A maioria dos infectados se recupera sem complicações, mas há risco aumentado para pessoas imunocomprometidas, especialmente portadores do HIV com alta carga viral. Em casos complicados, a criptosporidiose pode ter um mês de sintomas.
Sessão de carinho termina em hospital
Após os primeiros casos, a fazenda suspendeu voluntariamente as atividades com animais. Em nota, a administração informou estar colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades sanitárias locais.
Inicialmente, o espaço oferecia aos visitantes uma experiência de alimentação e toque com cordeiros recém-nascidos. O programa foi interrompido após o surgimento de quadros clínicos associados ao contato com os cordeirinho.
Em uma publicação online no Facebook, posteriormente excluída, a equipe pediu desculpas pelos transtornos, citando “circunstâncias imprevistas” e oferecendo reembolso integral às reservas feitas para os eventos suspensos.
Protozoário resistente e difícil de conter
O Cryptosporidium é um parasita intracelular que se reproduz no intestino delgado. Após a ingestão dos oocistos, ele infecta as células das paredes gastrointestinais, desencadeando sintomas típicos de infecção entérica.
Entre indivíduos com sistema imune preservado, o tratamento com antiprotozoários leves costuma aliviar os sintomas. No entanto, a infecção pode se resolver espontaneamente, sem necessidade de intervenção medicamentosa.
A exposição mais frequente ocorre em piscinas e parques aquáticos, já que os oocistos são resistentes a desinfetantes comuns, como o cloro.
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Fonte: Metrópoles