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Gerente demitido diz que padre Fábio de Melo mentiu sobre confusão

Demitido por suposta confusão com o padre Fábio de Melo, o ex-gerente do café Havanna de Joinville (SC), Jair José Aguiar da Rosa, 36 anos, afirma que sequer chegou a ter contato direto com o padre. Ele diz estar em “estado de choque” após o ocorrido.

“Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca”, conta o profissional ao Metrópoles.

Ele alega que em momento nenhum falou diretamente com Fábio de Melo, o que poderia ser provado pelas imagens de segurança do estabelecimento.


O que diz o padre Fábio de Melo


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Padre Fábio de Melo

@kleber_alepereira/@pefabiodemelo/Reprodução/Instagram

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Padre Fábio de Melo

Reprodução

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Padre Fábio de Melo passa por cirurgia após lacerar tendão do bíceps

Reprodução/ Redes sociais

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Padre Fábio de Melo

Reprodução/TV Globo

Segundo Aguiar da Rosa, quem pegou o produto foi um homem que acompanhava o padre. Portanto, Fábio de Melo não teria como saber o preço indicado na prateleira.

“Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele”, relatou.

Veja momento da compra:

Como aconteceu

Segundo o relato do ex-gerente, a atendente do caixa o chama e pergunta o preço do doce de leite que estava sendo comprado pelo rapaz que acompanhava o padre, que disse que viu na prateleira o valor de R$ 43,90. No entanto, o preço real da mercadoria era R$ 61,90, segundo ele.

“Eu vou lá na prateleira pegar a plaquinha e pergunto para o meu pessoal se alguém havia mudado de lugar, eles falam que não. É quando eu vejo que a placa está lá só que está em posição diferente. Então, eu volto e arrumo ela.  Vou até a atendente e falo para ela o preço está lá e que é aquele mesmo, que não está anunciado errado”, relata Jair., que, em seguida, volta a trabalhar nas mesas dos clientes do estabelecimento.

“Em momento algum eu falei que estava errado. Falei que o preço estava lá mas estava em posição diferente. Mas, como é possível perceber nas imagens, os preços não têm nome,  têm só a numeração. Não tem nome para identificar o produto. E se não tem nome para identificar o produto, não sou eu o culpado, porque é uma padronização da marca Havanna Brasil”, aponta Rosa.

Gerente de cafeteria é demitido após confusão com padre Fábio de Melo

O Padre Fábio de Melo compartilhou um vídeo nas redes sociais e relatou ter sido destratado após contestar o preço de um produto, que teve o valor cobrado diferente do anunciado. Em nota, o estabelecimento informou que o profissional citado no vídeo não faz mais parte do quadro de funcionários.

Segundo o relato do comentarista do Domingão com Huck, ele pegou o dois potes de doce de leite em uma prateleira que indicava um preço, mas não detalhava a qual produto a placa se referia. No caixa, ele foi surpreendido por uma diferença de valor.

“Muito educadamente, eu disse à moça do caixa: ‘Olha, a soma está errada, porque o doce de leite custa isso, dois potes, então o valor seria este’. Aí ela ficou ‘meio assim’, foi lá, viu. Ela falou: ‘Não, lá está errado’. E nisso, o gerente já se adiantou em ser extremamente deselegante, em dizer: ‘O preço está errado e é isso, se quiser levar, o preço certo é este’”, explicou.

Na sequência, ele contou o diálogo que teve com a atendente. “Só falei assim para a moça: ‘Não vou criar caso, porque não estou nem aqui para isso. Mas é apenas para lembrar que quando um preço está especificado, o estabelecimento comercial tem que honrar aquele preço que está anunciado, mesmo que ele esteja errado. Não é o gerente do estabelecimento que decide se vai ser cobrado ou não’.”

De fato, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante que o preço indicado na prateleira seja o valor a ser cobrado no caixa. Se houver diferença entre o preço da etiqueta e o preço do caixa, o consumidor tem o direito de pagar o valor mais baixo. A Lei nº 10.962/2004 complementa esta regra, especificando que os preços devem ser claramente visíveis e legíveis.

O Padre Fábio de Melo explicou como o gerente deveria ter tratado a situação e que, ao invés de tentar consertar a situação, agiu com uma postura “simplesmente arrogante”.

O que diz a empresa

Em nota, a Cafeteria Havanna informou que apura a situação e que o colaborador envolvido na confusão com o Padre Fábio de Melo não está mais no quadro de funcionários da unidade. Leia, a seguir, a nota do estabelecimento.

“A Havanna Joinville/SC, tem como missão proporcionar momentos acolhedores e especiais a cada pessoa que passa por nossa loja. Por isso, recebemos com muita atenção e preocupação o relato de um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade.

Queremos expressar, em primeiro lugar, nosso pedido sincero de desculpas. Lamentamos profundamente que a experiência vivida tenha ficado aquém do que prezamos e buscamos diariamente. Sabemos o quanto cada cliente é importante e levamos muito a sério qualquer situação que afete a confiança que construímos com todos vocês.

Já estamos apurando os detalhes do ocorrido com responsabilidade e agilidade, informamos também que o colaborador envolvido no ocorrido já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários. Mais do que esclarecer, nosso compromisso é agir para corrigir e garantir que esse tipo de situação não volte a acontecer. Estamos redobrando os cuidados com nosso atendimento e reforçando nossos valores junto à equipe.

Agradecemos por cada manifestação seja de crítica ou apoio pois são elas que nos impulsionam a crescer. Nossa loja está sempre de portas abertas para ouvir e melhorar.

Com respeito e gratidão,
Equipe Havanna Joinville/SC“

Matéria em atualização. 


Fonte: Metrópoles

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