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Greve dos petroleiros é suspensa, mas parte da categoria cruza braços

A greve dos petroleiros foi suspensa, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP) na noite dessa quarta-feira (28/5). A paralisação das atividades estava prevista para esta quinta-feira (29/5) e sexta-feira (30/5) e seria uma resposta à Petrobras.

Embora tenha sido suspensa, parte da categoria decidiu manter o protesto. Isso porque funcionários lotados no Rio de Janeiro e no litoral paulista paralisaram as atividades nos prédios administrativos da companhia.

Em nota, o Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros informou que decidiu suspender a greve “diante da nova proposta apresentada pela empresa”. Além disso, indicou a aceitação dos termos propostos pela Petrobras.

“A suspensão da paralisação de 48 horas foi necessária, pois precisamos levar a nova proposta para as assembleias decidirem se aprovam ou não o que a empresa ofereceu”, anunciou Cibele Vieira, diretora da FUP.

Ao Metrópoles, representantes do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) afirmaram que a categoria se reúne em assembleia, às 12h desta quinta-feira (29/5), para reavaliar a continuidade da greve.

Crise do teletrabalho provocou insatisfação

Nova proposta da Petrobras

Na proposta, a empresa teria formalizado o modelo de trabalho híbrido por dois anos, o que, ainda segundo a FUP, considerou “um avanço importante conquistado pela mobilização da categoria”.

Mesmo que tenha recuado em relação à greve, a federação dos petroleiros destacou “que a luta por melhores condições no regime de teletrabalho está longe de acabar”.

“A suspensão da greve não representa o fim da mobilização, mas sim uma escolha estratégica para proteger direitos conquistados, sem abrir mão de continuar avançando”, frisou Paulo Neves, diretor da Federação.

Por outro lado, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) rejeitou a proposta sobre os novos moldes do teletrabalho da Petrobras e decidiu encaminhar às assembleias as discussões da ratificação da greve, aprovada no início do mês.

A FNP avalia que os termos ficaram “muito aquém das expectativas da categoria”. “A gente vem fomentando essas pautas há bastante tempo. Precisamos de propostas que atendam aos anseios da categoria”, ressaltou o secretário-geral Adaedson Costa.

O Metrópoles aguarda posicionamento da Petrobras. O espaço segue aberto.


Fonte: Metrópoles

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