O governo de Minas Gerais decretou na terça-feira (27) estado de emergência sanitária animal após a confirmação de casos de gripe aviária em aves silvestres e risco de disseminação da doença no estado.
A decisão veio após confirmação de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves criadas sem o objetivo de consumo humano, na cidade de Matheus Leme, região metropolitana de Belo Horizonte.
Em pronunciamento nas redes sociais, o prefeito de Mateus Leme, Renilton Ribeiro Coelho, confirmou a ocorrência de três casos de gripe aviária no município, em uma propriedade particular, sendo em dois gansos e um cisne negro. Os animais foram encontrados mortos no dia 16 de maio.
Diferentemente do episódio registrado em Montenegro (RS), onde a infecção ocorreu em uma granja comercial, o caso mineiro envolve uma ave silvestre, sem vínculo direto com a cadeia produtiva. Ou seja, não afeta questões do comércio exterior.
Desde 2023, o Brasil já contabilizou 165 casos de gripe aviária em aves silvestres.
O decreto de situação de emergência sanitária animal possibilita que o estado realize todas as ações de enfrentamento à doença, incluindo mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros.
Segundo o decreto, “medidas de monitoramento, ações preventivas e análise de riscos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) serão realizadas em cooperação com o setor privado e o poder público, observando as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária e os protocolos sanitários previstos na legislação vigente”.
Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária esclareceu que o caso registrado em Minas Gerais refere-se a uma ave silvestre.
“Esses registros demonstram que a doença está sendo introduzida por aves migratórias que sobrevoam o território brasileiro. Algumas dessas aves chegam contaminadas e acabam contribuindo para a disseminação do vírus”, completa o comunicado.