Após a queda do presidente Ednaldo Rodrigues, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive dias decisivos. A entidade terá eventos importantes nos próximos dias que serão determinantes para o futuro do futebol brasileiro. Com cenário político redesenhado, a CBF espera a realização de eleições para confirmar Samir Xaud como novo presidente. Além disso, a chegada do técnico Carlo Ancelotti e o julgamento final no Supremo Tribunal Federal (STF) estão no “retrovisor”.
Julgamento no STF pode ir muito além de Ednaldo Rodrigues
Gilmar Mendes deixou clara sua postura após apenas pedir o parecer do Ministério Público Federal (MPF), da Advocacia-Geral da União (AGU) e das demais partes que compõem o processo que corre no STF ao receber o pedido de tutela de urgência para reverter a queda do presidente da entidade. Hoje, é improvável uma decisão do ministro que recoloque Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.
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Além disso, também é improvável que o presidente afastado da entidade obtenha sucesso no julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 28 de maio. No entanto, o julgamento marcado para a próxima semana pode ir muito além de apenas a confirmação da queda de Ednaldo Rodrigues.
O julgamento também irá determinar se o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MP-RJ) possuía a legitimidade para celebrar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a entidade, que foi firmado em 2017. No acordo, o órgão público havia firmado regras e mudanças no estatuto da entidade, em especial para evitar práticas de assédio moral e assédio sexual contra funcionários da CBF.
Caso o Supremo venha a anular o TAC, a CBF terá de promover mudanças em seu estatuto, além de poder sofrer com processos no âmbito trabalhista. Recentemente, uma denúncia feita pelo vereador do Rio de Janeiro, Marcos Dias (Podemos), ao qual funcionários e ex-funcionários relatam abusos cometidos dentro da entidade, foi arquivada pelo Ministério Público do Trabalho, usando como base o acordo.
Nova eleição com candidato único na CBF
O novo presidente da CBF já tem nome e sobrenome: é Samir Xaud, presidente eleito da federação roraimense de futebol (FRF). Após registar sua chapa com o apoio de 25 federações estaduais e dez clubes, Xaud inviabilizou a possibilidade de outro candidato concorrer, uma vez que é necessário o apoio de ao menos oito federações e cinco clubes (são 27 federações no total).
Com pouca experiência no futebol, Xaud, de 41 anos, foi eleito presidente da federação roraimense de futebol em 2025 (iria assumir em 2027) após seu pai ficar quase 30 anos à frente da entidade. Estando à frente da menor entidade estadual do futebol brasileiro, com apenas 10 clubes registrados, o futuro presidente da CBF provoca dúvidas de sua capacidade de gerir o futebol brasileiro.
Rebatendo críticos, o dirigente aponta que responderá com “trabalho” e que pretende promover mudanças essenciais a gestão do futebol brasileiro. Dentro os movimentos, diz defender a diminuição dos campeonatos estaduais, colocar a liga de clubes como gestora do Brasileirão e a profissionalização da arbitragem. Em entrevistas a diferentes veículos de imprensa, o gestor também se comprometeu a ter uma gestão “transparente”.
No entanto, mesmo com a ideia de passar uma “renovação”, a CBF seguiu uma velha prática, a de manter eleições com candidatos únicos. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da federação paulista de futebol (FPF), chegou a manifestar o desejo de concorrer e angariou o apoio de ao menos 32 clubes das séries A e B. No entanto, sem o apoio das federações, sequer conseguiu registrar sua candidatura.
Chegada de Carlo Ancelotti ao Brasil para comandar à Seleção
Xaud, caso nada mude, assumirá o comando da CBF no dia 25 de maio, um dia antes da chegada de Carlo Ancelotti ao Brasil. Com a vinda do italiano, as atenções se voltarão para a Seleção Brasileira. Em dificuldade nas eliminatórias (por mais que uma desclassificação para a próxima Copa do Mundo pareça improvável), o Brasil terá duas partidas sob comando do novo técnico para mudar a imagem deixada pela péssima gestão da equipe nacional feita por Ednaldo Rodrigues.
No próximo dia 26 de maio, Ancelotti já chega anunciando a lista final para os jogos contra o Equador, no dia cinco de junho, fora de casa, e contra o Paraguai, no dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo.
As partidas serão determinantes para passar as primeiras impressões do trabalho do italiano à frente da Seleção e também para trazer tranquilidade ao bastidor político efervescente da CBF.
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Fonte: Portal LEODIAS