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Lira a Haddad: isenção do IR depende de compensação a estados. Vídeo

O deputado Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, se reuniu nesta quarta-feira (28/5) com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, na sede da pasta. Na reunião, Lira disse a Haddad que o texto só irá avançar se os estados e municípios forem devidamente compensados.

Veja:

“Não é justo que estados e municípios banquem as suas receitas, as suas programações. Eu penso que não teria nem apoio mínimo do plenário da Câmara, quanto mais no Senado, se houver a perspectiva ainda ou a ilação de que estados e municípios estarão perdendo esse recurso e receita”, disse Lira a jornalistas após a reunião.

Impacto financeiro da ampliação da faixa de isenção do IR

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O projeto em debate na Câmara dos Deputados tem o potencial de beneficiar um universo de 10 milhões de brasileiros que atualmente pagam o imposto, mas passariam a ser isentos, segundo o governo.

Se aprovado ainda em 2025, a medida para a isenção até R$ 5 mil passará a valer efetivamente a partir do ano de 2026. Atualmente, a faixa de isenção do IRPF é de R$ 3.0364. A proposta também prevê que rendimentos situados entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais terão direito a descontos parciais no cálculo do imposto devido.

Compensação

Embora alivie a carga tributária para milhões de contribuintes, a ampliação da faixa de isenção representa um custo significativo para os cofres federais. O governo federal estima que a isenção do Imposto de Renda nessas novas condições custará quase R$ 27 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.

Essa projeção reforça a necessidade de buscar formas de compensar essa perda de arrecadação para manter o equilíbrio fiscal da União.

Para compensar a perda arrecadatória decorrente da isenção ampliada, o projeto em discussão determina a criação de um imposto mínimo, que seria aplicado a quem recebe acima de R$ 600 mil por ano e teria uma contribuição progressiva de até 10%.

Cronograma

Segundo Lira, a ideia é seguir o plano de trabalho já apresentado, com a realização de audiências públicas e construção do texto ainda no primeiro semestre do ano.

“A gente vai seguir o nosso cronograma. Se possível, no dia 27 de junho a gente tem um texto possivelmente apresentado”, disse ele nesta quarta.


Fonte: Metrópoles

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