O cantor MC Ryan, um dos principais nomes do funk paulista, pode encerrar sem condenação o processo criminal que enfrenta após causar danos ao gramado do Estádio Barão da Serra Negra, em Piracicaba, São Paulo. De acordo com fontes do portal LeoDias, o artista propôs um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) à Justiça, prevendo o pagamento de R$ 948 mil pela destruição do campo e mais 60 salários mínimos em forma de prestação pecuniária, valor que será revertido a entidades públicas indicadas pelo Judiciário.
Vale ressaltar que o cantor já fez o pagamento dos danos ao gramado do estádio. Depois que foi realizada a perícia, o funkeiro entrou em um acordo com o clube XV de Piracicaba e com o contratante. Diante disso, o artista tenta firmar o acordo com a Justiça para que seu processo criminal seja encerrado.
Segundo a fonte, o Ministério Público já se manifestou favoravelmente à proposta. Agora, o desfecho do caso depende apenas da homologação do juiz responsável. Se o magistrado der seu aval, o processo criminal será encerrado e MC Ryan ficará livre do pagamento da fiança de R$ 1 milhão que havia sido determinada durante audiência de custódia no domingo (12/5).
Veja as fotos
Leia Também
O caso
O episódio que deu origem ao processo ocorreu na madrugada de sexta-feira (10/5) para sábado (11/5), logo após um show de MC Ryan no estádio. Em vez de seguir para o estacionamento, o cantor entrou no campo com uma Lamborghini personalizada e executou diversas manobras perigosas, danificando o gramado que, inclusive, já se encontrava em reforma.
A situação gerou um conflito imediato com a produtora responsável pelo evento, a Golden Produtora, que exigiu o pagamento pelos danos. Na ocasião, foi acionada a Guarda Civil Municipal (GCM), que conduziu o cantor à delegacia. Um primeiro acordo informal previa o pagamento de R$ 20 mil via Pix e o restante por transferência bancária.
Durante o depoimento, no entanto, veio à tona um agravante: MC Ryan dirigia sem nunca ter possuído habilitação. À página Fala Pira, o delegado responsável, André, confirmou que o artista não tem registro de CNH em seu nome.
Diante da gravidade dos fatos, a Justiça estipulou a fiança de R$ 1 milhão como condição para a liberdade provisória e determinou a apreensão do carro. A defesa do cantor, porém, recorreu da decisão e, com base no fato de que ele é réu primário, apesar de já responder a outros processos sem condenações transitadas em julgado, apresentou o pedido de ANPP.
Fonte: Portal LEODIAS