O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) abriu investigação nesta segunda-feira (05) sobre as circunstâncias da morte do morador de rua Sebastião Alves Sussuarana, de 48 anos, durante uma intervenção policial ocorrida no último domingo, em Rio Branco.
O caso chegou ao conhecimento do MPAC por meio do noticiário local, que trouxe informações e um vídeo do fato noticiado. De acordo com as publicações, Sebastião teria sido morto a tiros após esfaquear um homem e tentar atacar um vigilante e um policial militar nas proximidades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Baixada da Sobral.
Os tiros que mataram Sebastião foram efetuados pelo militar.
Como parte das providências iniciais, o MPAC solicitou ao Núcleo de Apoio Técnico (NAT) que realize um levantamento no local dos fatos, buscando imagens de câmeras de segurança, identificação de possíveis testemunhas e coleta de informações que possam subsidiar a apuração.
Além disso, a Promotoria enviou ofício à Corregedoria-Geral da Polícia Militar solicitando informações sobre a abertura de investigação interna para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ação. O objetivo é acompanhar de forma independente a apuração dos fatos, como previsto nas atribuições do Ministério Público.
Nota da redação
As informações acima, repassadas pela assessoria do MP, não mencionam a necessidade do uso de armas não letais, recurso que neutraliza agressores em potencial diante de um risco à integridade física do policial. Um especialista ouvido há pouco pela reportagem informou que “as políticas de segurança no país têm desacreditado o armamento não letal, por conta de sua pouca eficiência prática”.
Em sua opinião, avaliando a situação ocorrida em Rio Branco, mesmo com uma pistola Theaser ou balas de borracha, o tempo de reação do militar seria mínimo para salvar a própria vida, considerando a rapidez com que o agressor agiu antes de ser morto.