“Novo tabaco”: especialistas dão dicas para evitar o consumo excessivo de açúcar

Um docinho depois do almoço ou uma besteira no meio da tarde muitas vezes podem salvar nossa rotina corrida, mas na realidade estar prejudicando nossa saúde. Hoje o açúcar pode ser encontrado em mais da metade dos alimentos industrializados, o que aumentou exponencialmente o consumo da população nas últimas décadas, promovendo uma dependência que pode ser comparada ao vício. Para combater este “novo tabaco”, especialistas ouvidos pelo portal LeoDias dão dicas que cabem no bolso de como diminuir o consumo de açúcar e adotar hábitos mais saudáveis.

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Entenda a diferença entre os tipos de açúcarFreepik
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A Páscoa está chegando.Foto: Freepik
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O consumo de açúcar pode ser um vício?

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde apontam que até 60% dos alimentos ultraprocessados consumidos no país – como pães de forma, molhos prontos, sucos de caixinha, iogurtes, biscoitos e até produtos “salgados”, como embutidos e comidas congeladas – contém açúcar.

Segundo a nutricionista Juliana Bayeux a estimativa é que o brasileiro consome, em média, 80 gramas de açúcar por dia, mais que o dobro dos 25g diários recomendados pela Organização Mundial da Sáude (OMS). Além de estar relacionado a vários problemas de saúde, como diabetes ou obesidade, o consumo excessivo do açúcar pode inclusive induzir comportamentos semelhantes ao vício.

“Estudos mostram que o açúcar ativa o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina, o mesmo neurotransmissor envolvido em vícios como o álcool ou cigarro. Com o tempo, o organismo exige quantidades maiores para gerar a mesma sensação de prazer”, alerta.

Além de gerar efeitos semelhantes a outras drogas, a longo prazo, alimentos ultraprocessados ricos em açúcar pode criar uma relação de dependência que aumenta ainda mais o consumo e dificulta que a população adote hábitos saudáveis, alerta Matheus Karounis, doutor da Associação de Psicologia Americana.

“Atualmente essa ‘fome’ de açúcar é exacerbada pela sua onipresença e abundância na dieta moderna. Fatores psicológicos, como o uso do açúcar para lidar com emoções negativas, e questões socioculturais, como a normalização do consumo de alimentos açucarados, também contribuem para essa dificuldade de controle”, explica.

“Isso cria um ciclo vicioso, em que a pessoa sente um forte desejo de consumir mais açúcar para obter essa sensação de prazer”, conclui o psicólogo.

Como diminuir o consumo de açúcar

Para a nutricionista Juliana Bayeux, as principais dificuldades para diminuir o consumo de açúcar estão na alta oferta, no paladar condicionado desde a infância e na influência emocional.

“Crianças e adolescentes crescem com acesso fácil a doces, bebidas açucaradas e fast foods, o que dificulta a aceitação de alimentos naturais e menos adocicados e gera resistência e até irritabilidade quando há tentativa de retirada do açúcar. Por isso, a mudança deve ser gradual e acompanhada de estratégias educativas”, explica.

Para ela, o principal passo para adotar uma alimentação mais saudável para família toda, e que caiba no orçamento, é montar um planejamento semanal das refeições;

“Isso evita compras por impulso e desperdício. Dá pra comer bem gastando pouco, sim! Invista em frutas da estação, que são mais baratas, e veja prazer nisso — fruta também é sobremesa! Evite comprar doces e produtos prontos. Cozinhar em casa sai mais barato e saudável. Dá pra fazer bolo de banana madura, mingau com aveia e fruta, suco natural diluído ou chá gelado sem açúcar”, afirma.

“Também vale levar marmita, lanche natural, evitar lanches prontos e substituir o hábito de beliscar por um lanche com propósito, como uma fruta com aveia ou um iogurte natural. Ter uma alimentação mais leve é um processo: exige paciência, organização e constância. O segredo é parar de enxergar isso como sacrifício e começar a enxergar como autocuidado”, completa.



Fonte: Portal LEODIAS

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