O que sabemos sobre os planos de atentados a bomba no show de Lady Gaga

Autoridades do Rio de Janeiro e do governo federal revelaram dois planos de atentados a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, na noite deste sábado (3), na orla de Copacabana.

O show reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas na praia, segundo dados da Prefeitura do Rio.

Ao todo, um adulto foi preso e dois adolescentes foram apreendidos. Equipamentos também foram recolhidos pelos agentes.

Além disso, foram expedidos mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

As investigações da Polícia Civil do Rio e do Ministério da Justiça apontam que não havia ligação entre os dois planos.

“Operação Fake Monster”

O primeiro plano de atentado a bomba foi desarticulado pela “Operação Fake Monster”, conduzida por autoridades do Rio e em colaboração com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Durante a operação, o homem apontado como líder da organização criminosa foi detido em flagrante, no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de arma de fogo. No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por envolvimento no esquema e por armazenamento de pornografia infantil.

Outro adolescente foi apreendido em São Vicente, no litoral de São Paulo.

As investigações revelaram que o grupo extremista recrutava participantes, inclusive menores de idade, para orquestrar ataques coordenados com explosivos improvisados e coquetéis molotov. O objetivo, segundo apurado, era obter reconhecimento nas redes sociais através desse “desafio coletivo”.

O alerta sobre as atividades do grupo partiu da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, que identificou a crescente radicalização de adolescentes online.

Os investigados promoviam em plataformas digitais a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos, utilizando tais práticas como forma de integração e desafio entre os jovens.

A operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, com o intuito de desmantelar completamente o grupo. Nos endereços dos alvos, foram apreendidos dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados para o avanço das investigações.

Em um desdobramento da operação, os agentes também cumpriram um mandado de busca e apreensão em Macaé (RJ), contra outro indivíduo com planos de ataque, que inclusive ameaçava matar uma criança ao vivo. Ele responderá judicialmente por terrorismo e induzimento ao crime.

Segundo plano

O Ministério da Justiça e a Polícia Civil do Rio de Janeiro identificaram uma segunda ameaça de ataque à bomba durante o show da cantora Lady Gaga

Um homem foi alvo de busca e apreensão pelos agentes em Macaé (RJ) horas antes da apresentação da artista norte-americana. Equipamentos eletrônicos do alvo foram apreendidos para perícia.

Os investigadores do Laboratório Cibernético do Ministério da Justiça identificaram que o suspeito estava realizando ameaças em grupos escondidos na internet e com planos de instalar explosivos próximos ao palco.

A informação foi repassada aos policiais do Rio, que montaram a operação contra o investigado e para evitar que o plano fosse colocado em prática.

Segundo apurou a CNN, o homem alvo das buscas foi deportado dos Estados Unidos no mês passado após morar 27 anos no país. A polícia apura se há relação entre os fatos.

O alvo da operação não foi preso. Nesses casos, os investigadores dizem que não há, de forma inicial, o crime material para que seja concedido mandado de prisão.

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*Com informações de Mariana Grasso, Felipe Souza, Vitor Bonets e Elijonas Maia 

Este conteúdo foi originalmente publicado em O que sabemos sobre os planos de atentados a bomba no show de Lady Gaga no site CNN Brasil.

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