Quando você pensa em itens de desgaste natural do seu carro, os pneus normalmente são os primeiros a vir em mente. A legislação brasileira define que os sulcos nos pneus dos carros de passeio devem ter ao menos 1,6mm de profundidade, e a quilometragem com a qual eles chegam a esse limite pode variar de acordo com as condições do asfalto e da marca e modelo dos pneus.
Contudo, existem boas práticas que o proprietário do veículo pode adotar para que a vida útil dos pneus seja a mais longa possível. A CNN lista as principais:
Calibrar os pneus regularmente
Calibrar os pneus com a pressão correta e no prazo recomendado pelo fabricante é fundamental. Segundo pesquisa feita pelo NHTSA, órgão do Departamento de Transporte dos Estados Unidos, rodar com pneus abaixo da pressão indicada é a causa principal dos problemas nos pneus, ainda assim, 27% dos carros e 32% das vans, picapes e utilitários rodam com ao menos um pneu subinflado.
A calibragem pode ser feita semanalmente ou a cada quinze dias. Recomenda-se que seja feita com os pneus frios, no início da rodagem diária (o que normalmente coincide com o período da manhã).
Também é importante não se esquecer do estepe. Mesmo não rodando, ele também precisa ser calibrado.
A pressão recomendada pelo fabricante do seu carro para que os pneus sejam calibrados é exibida no manual do proprietário. Para conferir de forma mais fácil, a pressão recomendada também é escrita em um adesivo que pode estar na porta do carro, no batente da porta ou na tampa do tanque de combustível. É importante estar atento que a pressão recomendada para os pneus dianteiros normalmente é diferente daquela recomendada para os traseiros.
Se os pneus estiverem com pouca pressão, o carro consumirá mais combustível por quilometro rodado. Segundo a Continental Pneus, usando como base números obtidos em pesquisa da Southern California, 167 litros de combustível são desperdiçados ao ano, em média, em um carro que roda com os pneus abaixo da pressão indicada.
Além disso, pneus subinflados duram menos, já que eles não se expandem corretamente e a área de contato com o solo fica aquém da ideal.
A pressão dos pneus pode ser verificada com o uso de um manômetro, disponível para uso gratuito em postos de gasolina e também para compra em oficinas.
Realizar alinhamento e balanceamento periodicamente
Os procedimentos de alinhamento e balanceamento são muito importantes para a longevidade dos pneus. Esses procedimentos normalmente são feitos em conjunto, a cada intervalo de 10 mil quilômetros. Eles asseguram que os pneus estejam alinhados com o solo e o peso do carro esteja distribuído da forma correta entre eles, o que diminui o desgaste desuniforme.
O alinhamento de um carro nada mais é do que ajustar os ângulos das rodas para garantir que elas estejam paralelas entre si e perpendiculares ao solo.
Normalmente, os fabricantes recomendam que o procedimento seja feito juntamente ao balanceamento, a cada 10 mil quilômetros. Contudo, as imperfeições do nosso asfalto podem fazer com que, em alguns casos, o alinhamento seja necessário em algum ponto durante esse intervalo de quilometragem.
Se o volante do carro está “puxando” para a direita ou para a esquerda, um alinhamento pode ser necessário. Contudo, o jornalista e engenheiro Boris Feldman afirma que, quando um alinhamento é necessário fora do intervalo padrão de quilometragem e o carro não apresenta uma trepidação no volante ao rodar, o balanceamento não é necessário.
Como dito anteriormente, o desbalanceamento de uma ou mais rodas de um carro pode resultar em trepidação do volante e no desgaste maior em um ou mais pneus quando comparados aos demais. O balanceamento garante a distribuição uniforme do peso das rodas e pneus, garantindo que eles rodem sem vibrações indesejadas.
Fazer o rodízio dos pneus a cada 10 mil quilômetros
O rodízio, negligenciado por muitos, pode ser um importante aliado para prolongar a longevidade dos pneus. Isso porque esse procedimento permite alternar periodicamente os pneus que ficam no eixo de tração, que sofrem maior desgaste.
O método como o rodízio é feito varia de acordo com o tipo de carro e de pneu.
Ter bons hábitos de condução
Acelerações e frenagens bruscas e dirigir em altas velocidades, seja em curvas ou linhas retas, são hábitos que diminuem a vida útil dos pneus, pois, segundo a Michelin, essas práticas aumentam a pressão exercida e os desgastam mais rapidamente.
Ou seja, além de ser mais seguro, dirigir com prudência e respeitando os limites de velocidade aumenta a vida útil dos pneus.
Além disso, é importante lembrar que os pneus podem ficar impróprios para uso não apenas por conta do desgaste da banda de rodagem, mas também por conta das intempéries e pela ação do tempo. Se os pneus do seu carro tiverem dez anos ou mais, é recomendado trocá-los, como afirma a fabricante Bridgestone.
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