Um servidor que acumula a função de diretor de unidade de saúde em Rio Branco teria chegado ao limite de sua condição emocional e psicológica ao postar na rede social palavras que estão sendo interpretadas como tendência ao suicídio.
O trabalhador enfrenta a mesma situação de insolvência financeira que os demais chefes de Uraps (Unidades de Referência em Atenção Primária) mantidos pelo prefeito Tião Bocalom apenas com seus salários-bases, sem a gratificação de diretores. Somente a mulher do ex-deputado Helder Paiva (ele foi assessor especial do prefeito e está condenado por assédio e importunação sexual) foi renomeada depois que o prefeito assumiu o segundo mandato, em janeiro. O drama é o mesmo dos diretores das Unidades de Saúde da Família. Todos foram exonerados no final de dezembro, sob a promessa de que seriam reconduzidos após a posse do prefeito.
O secretário de Saúde, Renan Biths, como habitual, rejeita comentar o assunto e o secretário de Comunicação, Ailton Oliveira, decidiu silenciar também. Ambos são criticados pelo grupo de diretores, que encontram algum amparo apenas entre si. A Saúde abarrota suas salas com novos comissionados, indicados pelo União Brasil, partido que controla a pasta e determina as ações dentro e fora da Semsa.
Em 23 de abril, Oseringal cobrou a gestão Bocalom (reveja abaixo). O prefeito não se manifestou. O vereador José Aiache, eleito com apoio dos servidores da Saúde, “é outro que não dá a mínima pra gente”, como reagiu um servidor que teve o C`F negativado por não conseguir pagar suas dívidas. “Eu rezo, eu choro, eu preciso sair dessa. Não fiz nada de mal, apenas cumpri com minha obrigação de ajudar as pessoas”, lamenta.