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Prepare o bolso: viagens ao exterior ficam mais caras com alta do IOF

Mesmo com os recuos no decreto que mudou a tributação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de câmbio, as viagens internacionais ficarão mais caras, pois o governo Lula (PT) manteve os aumentos de alíquota para os gastos no exterior.

Inicialmente, o governo estimava arrecadar com a medida R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Os recuos deverão ter um impacto de – R$ 2 bilhões em 2025 e – R$ 4 bilhões em 2026, mas o Ministério da Fazenda ainda trabalha nos cálculos do impacto fiscal.

IOF em viagens ao exterior

“Só estamos fazendo uma equalização, uma justiça tributária”, justificou o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

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Alíquotas seriam zeradas até 2028

Seguindo padrões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a alíquota de IOF para compras ao exterior passaria por um processo de redução gradual até 2028, quando a expectativa era que fosse zerada. Em 2022, o governo Jair Bolsonaro (PL) anunciou um plano de redução gradual da alíquota até o fim da década, da seguinte forma:

Também chamada de “clube dos países ricos”, a OCDE uma organização intergovernamental com 38 países membros que visa unificar normas entre as economias. O Brasil está em processo de adesão à organização, mas a gestão petista tem dado menos prioridade a essa tentativa.

Os recuos

As medidas anunciadas nessa quinta-feira (22/5) pelo governo Lula para alterar o IOF provocaram repercussão negativa no mercado financeiro: o Ibovespa apresentou retração, com baixa foi de 0,44%, o que fez o indicador fechar com 137.272 pontos. O dólar registrou alta de 0,32% e encerrou valendo R$ 5,66. Por causa dessa repercussão, o governo decidiu revogar parte das mudanças anunciadas ainda na noite dessa quinta.

O primeiro recuo diz respeito às aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior. Originalmente, a alíquota para tal movimentação era zero. Com as mudanças anunciadas nessa quinta, foi implementada a taxação equivalente a 3,5%. Com o recuo divulgado, o IOF volta, portanto, a não incidir sobre esse tipo de transação.

O segundo ponto refere-se à cobrança de IOF sobre remessas ao exterior por parte de pessoas físicas. O Ministério da Fazenda esclareceu que as remessas destinadas a investimentos continuarão sujeitas à alíquota atualmente vigente de 1,1% – ou seja, sem alterações.

“Este é um ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país, e corrigindo rumos sempre que necessário”, disse a pasta, em publicação no X.


Fonte: Metrópoles

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