O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) quer discutir a entrada em uma possível federação entre MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e Republicanos. O assunto já está em debate na cúpula tucana, mas qualquer decisão só deve ser tomada após a definição da fusão com o Podemos.
A federação entre MDB e Republicanos passou a ser discutida depois que o União Brasil e o PP (Progressistas) oficializou a federação de ambos partidos. A chamada União Progressista tem a maior bancada da Câmara, com 109 deputados e fica atrás apenas do PSD no Senado.
Para caciques tucanos, essa federação seria a que mais representaria um “projeto nacional” aliado ao PSDB para as eleições de 2026. Além do futuro da legenda, a definição sobre a fusão e uma possível federação também devem balizar a decisão do governador de Mato Grosso do Sul (MS), Eduardo Riedel (PSDB), de permanecer ou sair da legenda.
Riedel é o único governador que permanece no PSDB dos três eleitos em 2022. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul deixaram os tucanos para o PSD (Partido Social Democrático).
O mandatário sul-mato-grossense também foi sondado pelo partido de Gilberto Kassab. Entretanto, de acordo com aliados de Riedel, ele se comprometeu a aguardar as decisões da executiva nacional tucana.
O prazo dado pelo governador de MS para as definições é até o fim deste semestre, já que prefeitos e vereadores do PSDB do estado aguardam essa definição de Riedel.
Tucanistão no Centro-Oeste
O estado de Mato Grosso do Sul é considerado o último reduto do PSDB. No “tucanistão” do centro-oeste, o partido conseguiu 44 dos 79 municípios.
Aliados do governador também calculam cerca de 260 vereadores das legendas nos municípios sul-mato-grossenses. A saída de Riedel pode desidratar o partido também no estado.
No Brasil, como um todo, a quantidade de administrações municipais do PSDB foi reduzida quase à metade nas eleições de 2024: passou de 515 para 269.
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