O influenciador digital Vitor Vieira Belarmino foi preso nesta segunda-feira (19/5) ao se apresentar na delegacia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estava foragido desde julho de 2024, quando atropelou e matou o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, que havia se casado poucas horas antes.
Procurado pelo portal LeoDias, um dos advogados de defesa do influenciador afirmou que seu cliente se apresentou voluntariamente à polícia após 10 meses foragido com a intenção de “colaborar com a Justiça e esclarecer os fatos”.
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O acidente ocorreu na Avenida Lúcio Costa. Fábio e sua esposa atravessavam a via quando foram atingidos pela BMW conduzida por Belarmino. Imagens registradas por câmeras de segurança mostram o exato momento do impacto: a vítima foi lançada no ar, enquanto o carro seguiu em alta velocidade e só parou metros depois. Em seguida, o veículo deixou o local, sem prestar assistência.
Segundo a investigação da 42ª Delegacia de Polícia (DP), o veículo estava trafegando entre 109 e 160 km/h, muito acima do limite de 70 km/h estabelecido para a via. A polícia concluiu que, se o carro estivesse dentro da velocidade permitida, o motorista teria conseguido frear antes do atropelamento.
Na época, Belarmino estava acompanhado por seis mulheres. Uma das passageiras, de 20 anos, relatou à polícia que haviam saído para dar uma volta após uma comemoração e que ele tentou desviar de um carro antes de atingir Fábio. Pouco depois do ocorrido, as mulheres foram deixadas nas proximidades do local, e o influenciador fugiu sozinho.
A Polícia Civil informou que, após várias tentativas de capturar Vitor, ele decidiu se entregar, convencido também por seu advogado. O delegado Alan Luxardo, responsável pelo caso, afirmou que a pressão das investigações contribuiu para que ele se rendesse.
Durante o período em que esteve foragido, Belarmino chegou a conceder uma entrevista exclusiva à Record, na qual alegou não ter ingerido bebida alcoólica no dia do acidente. Ele ainda afirmou que o casal atravessava a pista em um “ponto cego” e que tentou desviar, mas não conseguiu evitar a tragédia.
Apesar de se dizer abalado, ele admitiu ter deixado o local por estar em “choque e desespero”, mencionando um episódio recente de violência que teria sofrido, o que o teria deixado com medo de represálias. Disse ainda que pediu a uma amiga para acionar o socorro enquanto procurava um advogado.
Dois mandados de prisão contra Belarmino estavam em aberto: um expedido logo após o crime; e outro emitido em setembro, por homicídio doloso e omissão de socorro. Além dele, as mulheres que estavam no veículo também respondem por não terem ajudado a vítima. O processo tramita na 1ª Vara Criminal da Capital e já teve a primeira audiência em abril deste ano. A Justiça negou o pedido da defesa para que o acusado participasse da sessão remotamente.
Com o cumprimento do mandado, Belarmino segue agora à disposição da Justiça para responder pelas acusações.
Fonte: Portal LEODIAS