

Esta é a última aparição pública do bolsonarista Giani Justo de Freitas, no começo de abril, quando o fotógrafo Jardy Lopes, do AC 24Horass, registrou a presença dele ao lado do senador Alan Rick, no hall da Assembleia Legislativa, em que se declaravam “verdadeiros patriotas” e pediam anistia aos presos e condenados durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Giani Justo de Freitas, um dos principais militantes bolsonaristas do Acre, assassinou a mulher, a engenheira civil Silvia Raquel Mota, em 2014. Ela era minha amiga e costumava conversar comigo no Facebook, bem como um irmão dela, agente da Polícia Federal.
Silvia foi encontrada morta numa caixa d’água na casa dela, em 19 de agosto de 2014. Foi assassinada por asfixia mecânica, ou seja, afogamento, e o marido, autor do crime, foi preso e condenado a 19 anos de prisão,
em 2019.
O Ministério Público do Acre recorreu da sentença, a Câmara Criminal acatou o recurso e aumentou a pena do réu para 24 anos.
O advogado Sanderson Moura, defensor de Giani, recorreu da decisão com a alegação de que duas testemunhas, mesmo com as solicitações feitas, não chegaram a ser ouvidas à época do julgamento, o que teria causado prejuízo ao seu cliente. Em novembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular o júri.
O assassino terá que enfrentar novo Júri Popular. A expectativa é que as duas testemunhas sejam ouvidas no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Nesta segunda-feira, 26, primeiro dia de julgamento, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa do processo. No segundo dia, acontece o interrogatório do réu e os debates entre o promotor e os advogados.
Que a justiça seja, desta vez, plena e justa, para que este crime — fruto de um ato cruel e deliberado — receba a resposta que a sociedade e a memória de Silvia merecem.
É fundamental que o culpado seja responsabilizado, condenado novamente e receba a pena justa, considerando toda a gravidade dos atos: o homicídio premeditado e a tentativa de ocultar o crime não podem permanecer impunes.
ATUALIZAÇÃO: O caso é tão absurdo, surreal e indigno que o homicida recebe pensão por morte da própria esposa assassinada.