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Reforma do IR: Haddad não falou com Lira, mas crê em aprovação fácil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta sexta-feira (9/5), que ainda não teve a oportunidade de se reunir com o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), relator da reforma da renda na Câmara, para tratar das mudanças no Imposto de Renda (IR).

Haddad disse que Lira está ouvindo um lado, mas acredita que ele vai procurar o Ministério da Fazenda “para formar um juízo sobre o que está em jogo”. O ministro frisou que a pasta está à disposição para prestar esclarecimentos sobre a proposta.

Mesmo que ainda não tenha sido procurado pelo deputado para debater o assunto, o titular da Fazenda defende que a aprovação da reforma da renda “está mais fácil do que parece”.

“Ele [Lira] sabe que eu estou 100% à disposição sempre do Parlamento, sobretudo do relator. Nós vamos apresentar para ele os nossos cálculos e mostrar que está mais fácil do que parece aprovar essa grande reforma da renda que visa buscar justiça”, reforçou.

A declaração foi dada durante o lançamento da calculadora de Renda Variável (ReVar), ferramenta desenvolvida em parceria da Receita Federal com a B3 — a bolsa de valores do Brasil. O evento ocorreu em São Paulo, na sede da B3.


Isenção do IR até R$ 5 mil por mês


Como é a proposta do governo?

Ao isentar o IRPF de quem recebe R$ 5 mil por mês, o governo federal abrirá mão de arrecadar R$ 25,84 bilhões em 2026. Para compensar a ampliação da faixa, a equipe econômica propôs tributar as altas rendas (aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês e, hoje, não contribuem com a alíquota efetiva de até 10% para o IR) e os dividendos no exterior.

Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, a tributação mínima que incidirá sobre os super-ricos (141 mil contribuintes, ou 0,13% do total) deve compensar R$ 25,22 bilhões, além de R$ 8,9 bilhões adicionais da taxação de 10% na remessa de dividendos para o exterior – apenas para aqueles que moram fora do país.

Vale ressaltar que a medida não cria um novo tributo, sequer aumenta a alíquota geral do IR. A proposta pretende que pessoas com altos rendimentos, e que não pagavam impostos, passem a contribuir proporcionalmente.

Confira como será o desconto do IR em relação ao modelo atual:

De modo geral, o imposto mínimo será progressivo.

#ATENÇÃO: contribuintes que pagam a alíquota mínima ou mais em imposto não precisarão pagar nenhuma taxa a mais. Caso pague um percentual menor do que o mínimo, será preciso completar a diferença.

A tributação conjunta da empresa e de quem recebe dividendo não pode ultrapassar 34%. Isto é, no somatório entre dividendos pagos pelas pessoas jurídicas e físicas, o imposto mínimo sobre


Fonte: Metrópoles

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