O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a defender a ampliação de recursos e ajustes estruturais no Seguro Rural, principal política pública voltada à proteção da produção agropecuária contra perdas causadas por eventos climáticos.
“Se tem algo precário no Brasil, para uma agropecuária tão pujante, é o Seguro Rural. Se fosse eficiente, não estaríamos aqui debatendo o endividamento de produtores afetados por eventos climáticos”, afirmou o ministro.
As declarações foram dadas nesta quarta-feira (28) durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.
Nos bastidores, Fávaro é um dos principais defensores dentro do governo da ampliação dos recursos destinados ao Seguro Rural. Para o Plano Safra 2025/26, o setor pede R$ 4 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
O setor justifica a solicitação mencionando as enchentes no Rio Grande do Sul, que causaram bilhões em perdas na safra e comprometeram a produção agrícola e pecuária da região.
Atualmente, o orçamento reservado ao programa é de cerca de R$ 1 bilhão. O próprio ministro já reconheceu, em outras ocasiões, que encontrar espaço fiscal para atender ao pleito do setor será um desafio.
Apesar disso, Fávaro tem tentado dar mais protagonismo ao programa, como forma de justificar a ampliação do orçamento junto à equipe econômica.
Uma das propostas defendidas por ele é tornar obrigatório o Seguro Rural para todos os produtores que acessarem crédito com juros subsidiados pelo Plano Safra.
“É fato que, se tornarmos obrigatório, precisaremos de ainda mais orçamento”, afirmou.
Outra mudança considerada pelo ministério é a adoção do chamado seguro paramétrico, modalidade que utiliza indicadores previamente definidos, como volume de chuvas ou temperatura, para determinar automaticamente se houve sinistro e qual o valor da indenização.
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