O setor público consolidado do Brasil — formado por União, estados, municípios e estatais — teve superávit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 14,1 bilhões em abril.
O saldo positivo mais que dobrou em comparação a abril de 2024, quando o setor público foi superavitário em R$ 6,7 bilhões. É o que mostra o boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (30/5).
No dia anterior, o Tesouro Nacional informou que as contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram superávit primário de R$ 17,8 bilhões em abril.
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Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit de R$ 6 bilhões — o equivalente a 0,05% do Produto Interno Bruto (PIB) —, ante déficit de R$ 13,5 bilhões, 0,11% do PIB, acumulado até março.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi superavitário em R$ 16,2 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais tiveram déficits de R$ 659 milhões e de R$ 1,4 bilhão, respectivamente.
Dívida bruta
A dívida bruta do governo geral (DBGG) subiu para 76,2% do PIB (R$ 9,2 trilhões) — alta de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. A DBGG compreende o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos federal, estaduais e municipais.
Conforme o boletim, o desempenho da dívida bruta em abril decorreu dos juros nominais apropriados, da variação do PIB nominal e do efeito da valorização cambial.
A dívida líquida do setor público (DLSP) também cresceu no período. A DLSP atingiu 61,7% do PIB (R$ 7,4 trilhões) em abril — um acréscimo de 0,1 ponto percentual do PIB no mês.
Segundo o BC, esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, o efeito da valorização cambial, a variação do PIB nominal e os demais ajustes da dívida externa líquida.
Fonte: Metrópoles