O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (30) que tanto o presidente russo, Vladimir Putin, quanto o ucraniano, Volodymyr Zelensky, são teimosos.
A fala é feita enquanto os EUA tentam negociar o fim da guerra no leste europeu, mas sem sucesso.
Questionado por repórteres no Salão Oval se acreditava que Putin era teimoso, Trump disse ter ficado surpreso e decepcionado com os bombardeios russos na Ucrânia enquanto tentava negociar um cessar-fogo.
“Vi coisas que me surpreenderam e não gosto de ser surpreendido, então estou muito decepcionado”, pontuou, evitando uma resposta direta quando questionado se agora vê Putin “como o mocinho ou o bandido”.
Putin pode estar atrasando negociações
Na quarta-feira (28), Trump questionou as intenções de Putin, ponderando que o líder russo pode estar atrasando intencionalmente as negociações de cessar-fogo.
Ele destacou que descobrirá se está realmente interessado nas negociações e que, se não estiver, responderá “de forma um pouco diferente”.
Trump também explicou o porquê de não impor novas sanções contra a Rússia. Segundo o líder americano, ele não quer interferir na possibilidade de um acordo de paz.
Exigências de Putin para paz
Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, as condições de Putin para o fim da guerra na Ucrânia incluem a exigência de que os líderes ocidentais se comprometam por escrito a interromper a expansão da aliança militar da Otan para o leste da Europa.
A Rússia também quer a neutralidade da Ucrânia, o levantamento de algumas sanções ocidentais, uma solução para o congelamento de ativos soberanos russos no Ocidente e a proteção para pessoas que falam russo na Ucrânia, disseram as três fontes.
A primeira fonte ouvida pela Reuters observou que, se Putin perceber que não consegue chegar a um acordo de paz em seus próprios termos, ele buscará mostrar aos ucranianos e europeus, por meio de vitórias militares, que “a paz amanhã será ainda mais dolorosa” — ou seja, a demora em conseguir um acordo fará com que as consequências do conflito sejam ainda piores.
*com informações da Reuters