O corpo de Nana Caymmi será velado nesta sexta-feira, 2 de maio, a partir das 8h30, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em seguida, às 14h, ocorrerá o sepultamento no Cemitério São João Batista, também na capital fluminense.
Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil
A cantora, que marcou a história da música brasileira, morreu na quinta, 1º, aos 84 anos. A artista estava internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá, onde lutava contra complicações causadas por uma arritmia cardíaca diagnosticada em julho de 2024.
De acordo com o boletim médico, a causa da morte foi “disfunção de múltiplos órgãos”.
Filha do lendário Dorival Caymmi e de Stella Maris, Nana nasceu como Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio. O irmão Danilo Caymmi lamentou a perda e revelou a dor vivida pela cantora nos últimos meses. “O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital”, contou.
Trajetória de Nana Caymmi ficou marcada por clássicos
Criada num lar onde a música era lei, Nana fez sua estreia ainda jovem, ao lado do pai, interpretando “Acalanto”, canção feita por Dorival para embalar seu sono de menina. Os versos se eternizaram: “Boi, boi, boi / Boi da cara preta / Pega essa menina que tem medo de careta”.
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Logo depois, Nana decidiu mudar de rumo e, aos 18 anos, se casou com um médico venezuelano, mudando-se para Caracas. A vida fora do Brasil, porém, não foi fácil. Retornou ao país com as filhas Estela e Denise e grávida do terceiro filho, João Gilberto.
Sua discografia é exemplo de coerência e bom gosto, trazendo obras de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos. Em 1964, brilhou ao participar do álbum “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, que ecoou não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos.
Dois anos depois, em 1966, enfrentou o desafio do Festival Internacional da Canção. Embora vaiada ao interpretar “Saveiros”, de Dori Caymmi, Nana surpreendeu e saiu vencedora.
A artista lançou dezenas de discos, entre eles “Nana Caymmi” (1975), que a consolidou na MPB, e “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem manteve parceria até 2019.
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Fonte: OFuxico