Wes Anderson ironiza plano de tarifas de Trump sobre filmes em Cannes

O diretor norte-americano Wes Anderson, 56, minimizou na segunda-feira (19), no Festival de Cinema de Cannes, as tarifas de 100% propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre filmes produzidos no exterior, questionando como elas funcionariam na prática.

Conhecido por suas histórias excêntricas e paletas vibrantes, o diretor filmou sua última peripécia, “The Phoenician Scheme” (O Esquema Fenício, em tradução livre), em um estúdio nos arredores de Berlim.

“Você pode reter o filme na alfândega? Acho que ele não é enviado dessa forma”, disse o diretor de “O Grande Hotel Budabeste” e “Rushmore”, também conhecido como “Três É Demais”, a uma sala repleta de jornalistas.

“Eu nunca tinha ouvido falar de uma tarifa de 100%”, acrescentou, provocando risos de seu elenco e da plateia.

“Não sou especialista nessa área de economia, mas acho que isso significa que ele está dizendo que vai ficar com todo o dinheiro. E então o que teremos?”

O anúncio de Trump no início de maio deixou muitos no setor de entretenimento preocupados e perplexos.

“The Phoenician Scheme”, que está concorrendo ao prêmio máximo da Palma de Ouro do festival, acompanha o bilionário corrupto Zsa-zsa Korda, interpretado por Benicio del Toro, que teme por sua vida após várias tentativas de assassinato.

Ele recorre a sua filha Liesl — uma atuação de destaque de Mia Threapleton — que está prestes a se tornar freira, para ajudá-lo em um último empreendimento de construção.

Acompanhados pelo insetologista Bjorn, interpretado por Michael Cera, os três partem para concluir vários negócios com príncipes, empresários, terroristas e familiares distantes.

O parceiro de longa data de Anderson, Bill Murray, faz o papel de Deus.

O diretor também aproveitou a coletiva de imprensa para falar sobre seu próximo projeto, que está escrevendo com seu colega cineasta Roman Coppola e o ator britânico Richard Ayoade, outro astro de “The Phoenician Scheme”.

O filme, que teve sua estreia no domingo à noite, foi chamado de “maluco, mas divertido” pela BBC e resumido pelo The Hollywood Reporter como “um Wes Anderson para aqueles que estão se sentindo alienados por Wes Anderson”.

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