A Procuradoria-Geral da República (PGR) oficializou na terça-feira, 3 de junho, o pedido de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
O requerimento seguiu primeiramente para o ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), e tramita sob sigilo. A parlamentar, aliás, já acumula duas ações na Corte. Em uma delas, acabou condenada a dez anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato, por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Globo vence processo contra Carla Zambelli
Em outro processo, Carla responde por perseguir um homem armado na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Mais cedo, a própria Zambelli confirmou que deixou o Brasil. Ela afirmou, contudo, que pretende se licenciar do cargo na Câmara para denunciar o STF à comunidade internacional. “Estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde”, disse ela, de acordo com seu ex-advogado.
Zambelli anuncia saída do Brasil e causa efeito em cadeia
Ao comunicar sua saída, Carla Zambelli provocou uma reviravolta em sua equipe jurídica. Isso porque o advogado Daniel Bialski anunciou o rompimento com a defesa da parlamentar por “motivo de foro íntimo”.
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Em nota, afirmou: “Fui apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa”.
Em entrevista a um canal no YouTube, Carla Zambelli reforçou a versão sobre questões médicas. Revelou que deve permanecer na Europa, embora tenha omitido sua localização exata. A movimentação da deputada fora do país intensificou as críticas por parte de adversários políticos e também o interesse da Justiça.
PT pede extradição, bloqueio de bens e alerta da Interpol
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, pediu à PGR providências mais rigorosas. Solicitou a inclusão do nome de Zambelli no alerta global da Interpol. Também quer que o Ministério das Relações Exteriores cancele o passaporte diplomático da deputada e que seus bens sejam bloqueados imediatamente.
O parlamentar defendeu que a PGR inicie o processo de extradição. A pressão sobre a bolsonarista cresceu após ela repetir movimentos semelhantes aos do deputado Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os Estados Unidos e também enfrenta investigações por supostos ataques a instituições brasileiras.
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Fonte: OFuxico