Com alta de 15%, Ibovespa vive melhor primeiro semestre desde 2016

Com alta de 15,44% no primeiro semestre de 2025, o Ibovespa registrou os melhores primeiros seis meses do ano desde 2016, quando havia avançado 18,86%, apurou a consultoria Elos Ayta.

A última vez que o índice havia apurado alta tão expressiva em seis meses foi em 2020, quando no segundo semestre subiu 25,21%, resultado da recuperação pós-pandemia (no primeiro semestre de 2020, a baixa foi de 17,8%).

“O salto vem após um segundo semestre de 2024 marcado por perdas (-2,92%) e representa uma recuperação sólida em um ambiente ainda carregado de incertezas fiscais, juros altos e volatilidade cambial”, afirma Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.

“O gráfico elaborado pela consultoria Elos Ayta evidencia a alternância entre otimismo e aversão ao risco nos últimos nove anos. Ele mostra como o Ibovespa foi capaz de apresentar ciclos de forte valorização seguidos por movimentos de correção”, pontua.

Mesmo com a Selic, a taxa básica de juros do país, a 15% – e com tendência de seguir elevada por um período “bastante” prolongado, segundo o BC (Banco Central) – Rivero avalia que o mercado parece ter encontrado algum grau de estabilidade e confiança.

Dentre os fatores que impulsionaram o principal índice da bolsa de valores brasileira, destaca:

  • Expectativas de cortes de juros no segundo semestre, ainda que tímidos;
  • Valuation atrativo de ações brasileiras, especialmente diante da queda do dólar no período;
  • Alívio em relação ao risco fiscal, com medidas do governo vistas como insuficientes, mas melhores que o esperado;
  • Entrada de fluxo estrangeiro seletivo, especialmente em ações ligadas a commodities e bancos.

Enquanto o Ibovespa saltou, o dólar acumula queda de 12% no ano, até o momento. “O enfraquecimento do dólar tem ajudado a melhorar a percepção de risco do Brasil. Isso impacta positivamente a bolsa, reduz a pressão sobre os preços de importados e pode facilitar o ciclo de flexibilização monetária, ainda que lento”, explica o analista.

Contudo, Rivero reforça que o cenário ainda é de atenção, e indica que o segundo semestre tende a ser mais volátil. Dentre os pontos no radar do investidor, elenca eleições estrangeiras, as próximas decisões de política monetária dos Estados Unidos e o andamento da agenda fiscal no Brasil.

“O primeiro semestre de 2025 marca um ponto de inflexão no humor do mercado brasileiro, combinando recuperação técnica com expectativas moderadas. Mais do que um movimento de euforia, o que se vê é um retorno à racionalidade, com ativos locais sendo reprecificados após um período prolongado de pessimismo”, pondera.

“Se o segundo semestre confirmar essa tendência, 2025 pode entrar para a história como o ano da virada silenciosa — sem estardalhaço, mas com consistência”, conclui.

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