O Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião em Nova York nesta sexta-feira (20) para abordar a crescente escalada do conflito entre Irã e Israel. O encontro ocorre em um momento de intensa pressão sobre o órgão, com o Irã fazendo sucessivas cobranças por uma atuação mais efetiva diante da situação no Oriente Médio.
A reunião conta com a participação do secretário-geral António Guterres e da subsecretária-geral da ONU, que discutem as demandas por diálogo e a necessidade de encerrar a escalada de atritos entre os dois países. O Irã tem reiterado que não busca armas nucleares e apela constantemente pelo fim do conflito por meios diplomáticos.
Desafios do Conselho de Segurança
O encontro acontece em um momento em que o Conselho de Segurança da ONU enfrenta questionamentos sobre sua credibilidade internacional e capacidade de atuar efetivamente em grandes conflitos. Há um debate crescente sobre a necessidade de reforma do órgão para se adequar à nova realidade geopolítica mundial, uma ideia defendida por diversos líderes internacionais.
Enquanto as discussões ocorrem na ONU, a situação no terreno permanece tensa. Novos ataques iranianos foram registrados em território israelense nesta sexta-feira. Segundo equipes de resgate de Israel, mísseis atingiram várias localidades do país, incluindo a cidade portuária de Haifa, no norte, e o distrito de Dan, no extremo norte de Israel.
Reações e medidas de segurança
As autoridades israelenses emitiram alertas de segurança, com sirenes soando em todo o país para que a população buscasse abrigo em bunkers.
Enquanto isso, em Teerã, manifestantes protestaram contra os ataques israelenses em território iraniano, queimando bandeiras de Israel e dos Estados Unidos.
Paralelamente à reunião do Conselho de Segurança, um encontro entre o ministro das Relações Exteriores do Irã e seus homólogos do Reino Unido, França e Alemanha acontece em Genebra, na Suíça, buscando alternativas diplomáticas para a crise.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desses encontros, na esperança de que possam contribuir para a redução das tensões e evitar uma escalada ainda maior do conflito no Oriente Médio.