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Crise do IOF: coalizão de frentes parlamentares se manifesta contra MP

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Crise do IOF: coalizão de frentes parlamentares se manifesta contra MP

A Coalizão das Frentes Parlamentares Produtivas, que reúne políticos vinculados a setores econômicos do país, lançou, um manifesto contrário à medida provisória (MP) que busca “recalibrar” o recuo em relação ao aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O grupo definiu o texto como “MP taxa-tudo” e diz que reflete uma “condução improvisada e imediatista da política econômica nacional”.

“Criada às pressas após o recuo no aumento do IOF, essa medida apresenta-se como uma solução frágil e temporária que apenas mascara o problema fiscal, sem atacar suas verdadeiras causas”, alega a coalização. Na visão das frentes parlamentares, o governo novamente aposta em mais impostos para “corrigir erros” que deveriam ser resolvidos por uma maior eficiência administrativa e controle de gastos. O manifesto foi lançado nesta sexta-feira (13/6).

O grupo aponta que o texto traz um impacto social alarmante: “Tudo aquilo que é mais básico para o brasileiro — do sonho da casa própria à comida na mesa, passando pelo acesso ao crédito, à saúde e à proteção social — está em risco”.

A visão contraria a perspectiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se posiciona no sentido de que as medidas não impactam diretamente as classes com rendas mais baixas.

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“Ao ameaçar benefícios como o auxílio-doença e o seguro-defeso, o governo transfere aos cidadãos mais vulneráveis a conta por sua própria ineficiência administrativa”, afirma o manifesto. A coalização informa que mercados estratégicos da economia brasileira, como o agronegócio e a construção civil, já enfrentam dificuldades enormes. Para o grupo, ao trazer mudanças em certos títulos de renda fixa, a MP poderia ameçar os setores.

O  grupo reúne 20 frentes parlamentares que representam setores como comércio, serviços e mineração sustentável. “Diante deste cenário preocupante, a Coalizão das Frentes Parlamentares Produtivas defende a imediata devolução da MP 1303/2025 e conclama o Congresso Nacional a assumir uma postura firme em defesa da segurança jurídica, da liberdade econômica e da estabilidade fiscal, como tem feito desde o princípio”, finaliza.

Entenda as medidas adotadas e revertidas

O Executivo publicou um conjunto de medidas, alinhadas com o Congresso, para “corrigir distorções” e manter o equilíbrio das contas públicas. As ações foram tratadas nos últimos dias entre Haddad, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários das duas Casas.

Além das medidas apresentadas para cumprir a meta fiscal, o Ministério da Fazenda editou o decreto do IOF com alíquotas reduzidas. O recuo ocorre após pressão de parlamentares e de agentes financeiros.

Mudanças no IOF:

Medidas para compensar recuo:

Crise do IOF aumenta pressão sobre Haddad

Mesmo com semanas de negociações sobre a crise gerada pela tentativa de aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Congresso Nacional indica postura desfavorável às mudanças apresentadas pelo Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. Inclusive, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já afirmou que vai pautar o regime de urgência do projeto que derruba o decreto sobre o IOF.

A declaração de Motta foi dada horas depois da publicação de uma medida provisória (MP) e um decreto sobre o tema. Os atos normativos do governo federal foram publicados na noite de quarta-feira (11/6), justamente em uma tentativa de “recalibrar” o recuo no decreto anterior que aumentava o IOF, e geraram forte descontentamento entre políticos e setores da economia.

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O ministro da Fazenda

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad

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Lideranças políticas e ministro Fernando Haddad discutem alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

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Ministro Fernando Haddad

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a jornalistas

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Haddad e Alcolumbre

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Reprodução/TV Câmara

Nesse cenário, Haddad afirma publicamente que está disposto a se reunir e discutir com o Congresso as medidas com o objetivo de chegar a ações que possam, realmente, serem aprovadas.

“Eu estou discutindo com o Congresso Nacional. Estou 100% disponível para visitar os presidentes, os líderes, as bancadas, quantas horas precisar. Não tem dia para nós, do ponto de vista do interesse público”, afirmou o ministro nessa quinta-feira (12/6).


Fonte: Metrópoles

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