Eleições de 2026 expõem disputas e incertezas entre direita e centro, segundo analista político

As Eleições 2026 mal começaram e já movimentam o setor político brasileiro. No jogo de disputas eleitorais, nomes são cotados para possíveis candidaturas; inclusive, o último dia 16 de junho foi a data até a qual candidatos e partidos políticos devem conservar a documentação relativa às suas contas, desde que não estejam pendentes de julgamento, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O portal LeoDias ouviu o analista político Marco Antonio Teixeira sobre as movimentações que já promovem uma campanha inicial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, já sinalizou que pretende apoiar o ex-presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), ao governo de Minas Gerais em 2026. Segundo Teixeira, o estado é estrategicamente muito importante nas eleições presidenciais: “Dizem o seguinte: quem ganha eleição em Minas ganha eleição no Brasil. Porque Minas é a síntese de todas as diversidades, de todas as diferenças e de todos os comportamentos que representam o Brasil. O Lula ganhou por uma margem muito pequena do Bolsonaro na última eleição em Minas Gerais, e o Bolsonaro na eleição de 2018 ganhou do Fernando Haddad em Minas Gerais também”, afirmou, ressaltando que o estado reflete a diversidade política nacional e funciona como termômetro do pleito.

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Foto: Fernando Donasci
Analista político Marco Antonio TeixeiraFoto: Fernando Donasci
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Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado (PSD)Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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Romeu Zema, governador de Minas Gerais (Novo)Reprodução
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Ratinho Jr. (PSD/PR)Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
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Eduardo Leite, governador do Rio Grande do SulFoto: Reprodução

Nomes para governador de Minas Gerais: Lula apoia Pacheco

Quanto à sinalização de Lula à Pacheco, Teixeira destacou que o apoio do PSD ao senador para o governo mineiro, pode ser simbólico para a aliança institucional com Lula, já que o fundador do partido, Gilberto Kassab, tenta conciliar projetos regionais variados. Entre eles, citou Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo; Ratinho Júnior no Paraná, e Eduardo Leite, ex-PSDB, visando a candidatura presidencial. “Como o Kassab vai sintetizar essas diferenças e esse tabuleiro de projetos que o PSD está metido, a gente não sabe. Vai ser um teste de habilidade. É bom lembrar que o PSD tem ministérios no governo federal, tem cargos estratégicos no governo Tarcísio, apoia o PT na Bahia, tem problemas com o bolsonarismo no Rio de Janeiro, como Eduardo Paes despontando com uma liderança, então não dá para prever qual caminho o PSD vai trilhar. É mais fácil a gente imaginar que o Centrão hoje deve migrar para uma candidatura mais à direita, pelo próprio papel que o Centrão tem desempenhado no congresso de criar dificuldades para o governo”, ponderou.

Rodrigo Pacheco é atualmente visto como principal nome do PSD em Minas. Ele ainda se mantém em indefinição sobre disputar o governo estadual em 2026. Embora tenha descartado ministérios e esteja focado no Senado, aliados consideram que sua naturalização como candidato local viria com apoio de Lula e do diretório nacional do partido.

Além disso, Pacheco tem historicamente alinhamento com a reeleição de Lula, em grande parte devido ao seu compromisso com a democracia e apoio à estabilidade institucional; o que já lhe rendeu publicamente, segundo ele, votos ao ex-presidente.

Eduardo Bolsonaro como candidato à presidência?

No campo adversário, Teixeira avaliou que Eduardo Bolsonaro tem intenção de concorrer, mas permanece como “candidato do Bolsonaro do que o candidato da direita”. Ou seja, segundo o analista, Eduardo já esteve mais forte no cenário e ainda é dependente de Jair Bolsonaro, que tende a ser barrado por inelegibilidade:

“O futuro de Eduardo Bolsonaro é uma incógnita. Esse auto exílio nos Estados Unidos tem data pra acabar, que são os quatro meses de licença, se não ele perde o mandato de deputado. Então, nós temos que esperar um pouco essa data que está para se findar. O grupo bolsonarista prefere muito mais Tarcísio do que alguém da família Bolsonaro. É bom lembrar que o Eduardo é um parlamentar da linha de frente do bolsonarismo, aquele que está sempre envolvido nas batalhas e que está sempre de certa forma dividindo ao invés de somar. Eu diria hoje que já há quase um consenso neste setor que o Bolsonaro não vai ser candidato e está se construindo um consenso da candidatura Tarcísio. Agora, precisa-se ver como ficam o PSD de Minas, Bahia e próprio Rio de Janeiro, que são mais alinhados com o PT”, analisou ele, ressaltando que o Centrão e parte do bloco bolsonarista está mais alinhado a Tarcísio, que desponta como nome competitivo e capaz de uni-los.

Aliança política de Tarcísio

Outros nomes, como Ratinho Júnior (PSD/PR) e Romeu Zema (Novo/MG), com perfis mais críticos a Lula, também surgem entre os conservadores, mas enfrentam dificuldades de articulação, como alertado por Teixeira: “Zema é do Partido Novo, um partido que tem dificuldade de fazer aliança e ele mesmo não consegue se colocar como liderança política nem no estado dele. Então o mais forte aí é o Tarcísio, o governador de Goiás já saiu na frente, o Ratinho Júnior também se coloca como alternativa. Mas eu diria que a partir do momento que sair a condenação do Bolsonaro e que o nome dele for definitivamente descartado de qualquer processo sucessório, um desses nomes terá mais força pra poder compor entre eles. Muito provável que o Tarcísio possa ter por exemplo o governador de Goiás de vice. Seria uma chapa do sudeste com o Centro-Oeste e obviamente muito apoiada pelo agronegócio. Vamos esperar pra ver”, opinou o analista.

Risco de fragmentação

Teixeira adverte que a dispersão de nomes à direita pode enfraquecer o campo conservador. “A fragmentação não ajuda”, afirmou, ressaltando que até julho de 2025, prazo para registros de candidaturas, ainda há muito a definir.

Perspectivas para Lula

Segundo Teixeira, o presidente Lula continua competitivo, mas sua liderança depende do desempenho do governo e da capacidade de retomar índices de aprovação acima de 50%, o que facilitaria atrair aliados e manter protagonismo do PT; apesar da maior articulação com o Centrão. “Sem o Lula, o PT fica bastante frágil. Tudo vai depender do prestígio do governo. Com a popularidade que o Lula tem hoje, ele tem muita dificuldade para ampliar a base de apoio. Eu diria que  o Lula é um candidato competitivo. Ele vai ter adversários competitivos mas hoje nessa correlação de forças polarizada entre o Lula e o seu adversário mais forte, o risco dele perder por pouco é muito grande também. Tem um segmento que vota muito em função das entregas do governo. E o governo não tem entregado o bem, sobretudo na economia”, reforçou o analista político.

Diante da análise, o campo político segue em formação e a definição das candidaturas só deve ocorrer a partir do segundo semestre de 2025, quando o cenário econômico e político permitirão uma renovada avaliação dos pré-candidatos.



Fonte: Portal LEODIAS

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