Em ata, Copom diz que ciclo de altas dos juros foi “rápido” e “firme”

O Banco Central (BC) publicou, nesta terça-feira (24/6), a ata referente à reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). O BC elencou os motivos que levaram à sétima alta seguida da taxa básica de juros, que subiu para 15% ao ano.

No documento, o comitê disse que o ciclo de aperto monetário (aumento dos juros) foi “particularmente rápido e bastante firme”, mesmo tendo iniciado em setembro. Segundo o Copom, “grande parte dos impactos da taxa mais contracionista ainda está por vir”.

Em função disso, o colegiado do BC sinalizou a antecipação do fim do ciclo de elevação dos juros para avaliar os impactos acumulados “ainda a serem observados da política monetária”.

Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Uma vez que a missão do BC é controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
  • A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 29 e 30 de julho.

Fim do ciclo de aperto monetário

“O comitê avalia que, após um ciclo rápido e firme de elevação de juros, antecipa-se, como estratégia de condução de política monetária, interromper o ciclo de alta e observar os efeitos do ciclo empreendido para, então, avaliar se a taxa de juros corrente é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirmou o Copom.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (ou seja, 4,5% e 1,5%). Ela será considerada cumprida se oscilar dentro das bandas inferiores e superiores.

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A atual taxa Selic, de 15% ao ano, é a mais elevada em quase 20 anos. De acordo com a série histórica, a taxa de juros é a maior desde julho de 2006, época do fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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“Ressaltou-se que, determinada a taxa apropriada de juros, ela deve permanecer em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado devido às expectativas desancoradas”, destacou em trecho da ata.

Além disso, a diretoria do Banco Central frisou que seguirá “vigilante”, acrescentando que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado.

Imagem colorida das datas das reuniões e atas do Copom em 2025 - Metrópoles



Fonte: Metrópoles

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