Em conversas sobre Linx, Totvs também mira outros ativos no Brasil

A gigante de software Totvs está de olho em diversos alvos para possível aquisição este ano, além da unidade Linx, da Stone, disse o diretor-presidente Dennis Herszkowicz em entrevista à Reuters, observando que a empresa não precisará vender ativos para financiar os negócios que vier a fechar.

A Totvs vem demonstrando interesse na Linx desde 2020, quando a Stone venceu uma disputa, pagando R$6,7 bilhões pela desenvolvedora de software de varejo. Em abril, a Totvs entrou em negociações exclusivas com a Stone para adquirir a unidade.

Herszkowicz disse que essas conversas seguem em andamento e que uma aquisição seria benéfica, dada a posição de liderança da Linx no fornecimento de software para varejistas brasileiros, mas que o fechamento do negócio não é essencial para o crescimento da empresa.

“A Totvs é muito ampla. E o nosso portfólio é muito abrangente. Não existe uma aquisição que resolva tudo aquilo que a gente quer resolver”, disse Herszkowicz à Reuters na terça-feira.

Segundo o executivo, a aceleração de tendências em inteligência artificial, computação em nuvem e outras tecnologias digitais gerou várias oportunidades onde as aquisições oferecem atalhos eficazes.

A Totvs, presente em vários países da América Latina, está focada em aquisições no Brasil, que representa a “esmagadora maioria” de suas operações, disse o CEO.

Herszkowicz não quis dar detalhes sobre possíveis cronogramas ou valores de transações na negociação pela Linx ou por outros ativos.

Ele também disse que a Totvs não contratou consultor para vender sua participação na empresa de tecnologia financeira Dimensa, uma joint venture com a B3, negando novamente notícia que circulou na imprensa.

“Como qualquer empresa, em qualquer momento, a gente sempre tem a possibilidade de avaliar qualquer coisa. Agora, não tem nada efetivamente acontecendo nesse momento”, disse ele, referindo-se à Dimensa.

Herszkowicz acrescentou que quaisquer aquisições que a Totvs venha a fazer este ano não dependerão de capital proveniente de desinvestimentos, já que a empresa não precisa vender ativos para financiar negócios.

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