A investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, segue em andamento, com as autoridades buscando esclarecer os fatos e identificar os responsáveis por um crime ainda não esclarecido.
Para avançar no caso, perícias complementares foram solicitadas e são consideradas essenciais para desvendar o que realmente aconteceu.
Corpo encontrado no Autódromo de Interlagos é de empresário desaparecido
Entre as diversas hipóteses analisadas pela polícia, não se descarta o envolvimento de vigilantes com crachá ou seguranças desarmados que possam ter usado força física. A presença de, no mínimo, uma ou duas pessoas no local do incidente é uma possibilidade levantada.
Os investigadores também consideram que os envolvidos poderiam ser funcionários da segurança ou da manutenção, ou que a vítima tenha se envolvido em uma briga após sair do autódromo.
Empresário morto em Autódromo de SP: laudo aponta presença de sêmen
Um dos desafios para a identificação dos autores é a ausência de câmeras ou o sistema de rodízio de funcionários, sendo que uma única empresa tem 188 empregados. A polícia concentra esforços para determinar quem estava na área aproximadamente uma hora antes e uma hora depois do ocorrido.
Empresário morto em Autódromo de SP: laudo aponta “joelhos ralados”
No entanto, uma perícia se mostra decisiva para o desfecho do caso: a análise do sangue encontrado no carro da vítima. A declaração foi feita pela delegada Ivalda Aleixo, que é a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo as informações preliminares da investigação, tudo indica que o empresário não chegou a entrar no veículo.
Empresário morto em Autódromo de SP: laudo contradiz depoimento de amigo
A chave do carro, encontrada no bolso de sua jaqueta, levanta questionamentos, pois seria “muito difícil” ou “estranho” se ele tivesse conseguido acessar o automóvel.
O laudo do sangue é vital para estabelecer se o ataque ocorreu antes de ele alcançar o veículo, ou se algo aconteceu já próximo ou dentro dele. A clareza sobre este ponto pode ser o divisor de águas na investigação, ajudando a determinar o local exato da abordagem e a sequência dos eventos que levaram à morte do empresário.
Causa da morte foi asfixia
A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta terça-feira (17), que o empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi vítima de asfixia. Por conta deste resultado emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), a morte passa agora a ser investigada como homicídio.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), maiores detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as investigações para esclarecer todas as circunstâncias da morte.