O humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, recebeu condenação de 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. A decisão, publicada na terça-feira, 10 de junho, também inclui seu ex-sócio Anderson Bonetti.
De acordo com a a Justiça do Rio Grande do Sul, os crimes ocorreram entre março e julho de 2021 e envolveram 16 vítimas na cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Confira algumas polêmicas envolvendo Nego Di
A dupla atuava por meio da loja virtual “Tadizuera”, que oferecia eletrônicos e eletrodomésticos por preços abaixo do mercado. Os produtos anunciados incluíam televisores, smartphones e aparelhos de ar-condicionado. De acordo com o processo, nenhum dos clientes recebeu o que comprou, nem teve reembolso dos valores pagos.
Assim sendo, o Tribunal de Justiça classificou a prática como um esquema planejado para enganar consumidores de baixa renda. De acordo com a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, o golpe “se valeu da credibilidade inconteste de que um dos réus ostentava para retardar a percepção geral de que se tratava de um crime”.
Justiça aponta lesividade social altíssima em crimes de Nego Di
Durante o julgamento, a magistrada destacou o impacto social do golpe, ressaltando que o grupo visava pessoas com poder aquisitivo limitado. As vendas, segundo a sentença, não passavam de uma fachada. O lucro vinha da fraude, e a loja virtual operava sem qualquer intenção de cumprir o prometido.
Em nota, a defesa de Nego Di contestou a sentença. “Segue confiante de que as instâncias superiores irão reavaliar os fatos com isenção.” Os advogados também afirmaram que “Dilson nunca foi sócio de Anderson Bonetti, tampouco participou da gestão da plataforma”.
Já a representante de Bonetti confirmou que irá recorrer da decisão. Enquanto isso, o influenciador permanece em liberdade após obter um habeas corpus. Bonetti, no entanto, segue em prisão preventiva.
Participação no BBB, prisão e histórico polêmico nas redes sociais
Natural de Porto Alegre, Nego Di ganhou fama nacional ao integrar o grupo Camarote do “Big Brother Brasil 21”. Na edição exibida em 2021, o influenciador foi o terceiro eliminado, recebendo 98,76% dos votos. Desde então, manteve presença ativa nas redes sociais, onde também se envolveu em outras polêmicas.
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Além da recente condenação por estelionato, ele já havia enfrentado punições por divulgar informações falsas. Em maio de 2024, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a remoção de conteúdos em que o ex-BBB propagava fake news sobre as enchentes que atingiram o estado.
A prisão de Nego Di, ao lado de Anderson Bonetti, ocorreu em julho de 2024. A operação da Polícia Civil desmantelou o esquema, e o caso segue em repercussão nacional.
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Fonte: OFuxico