O governo federal busca uma saída para as autoridades brasileiras que estão em Israel, mas a eventual evacuação depende das condições de segurança no país. Não há previsão exata de retorno. Até o momento, voos comerciais seguem suspensos no aeroporto internacional de Tel Aviv, sem data para serem retomados.
A Força Aérea Brasileira (FAB) está de prontidão para repatriar duas comitivas de autoridades estaduais e municipais que estão em Israel, se for acionada, segundo apurou a CNN. A execução do plano, no entanto, depende do avanço das tratativas diplomáticas conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O MRE brasileiro pediu a Israel um “tratamento prioritário” à saída em segurança das delegações brasileiros. São prefeitos e secretários estaduais que tinham viajado para eventos a convite do governo de Israel. O próprio Itamaraty disse que as autoridades israelenses “têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também conversou com o homólogo da Jordânia para tentar uma saída dos brasileiros por meio daquele país. Ainda assim, qualquer evacuação também depende das condições de segurança para os deslocamentos.
A Embaixada de Israel no Brasil disse, em nota, que o governo israelense está em contato com as duas delegações e que a segurança dessas pessoas continua sendo a prioridade. Disse ainda que o governo do país auxilia os membros das comitivas a explorarem as opções mais seguras para o retorno ao Brasil.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, conversou por telefone com alguns dos prefeitos que estão em Israel. Ela relatou as tratativas e continuará em contato com as autoridades. Quem ainda acompanha a situação é a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Até o momento, o governo brasileiro não tem falado na repatriação de outros nacionais que estejam em Israel.
O MRE reforçou em alerta consular a recomendação de que os brasileiros não viajem para Israel, Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Palestina e Síria.