O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (3/6), que há “muito espaço fiscal” para corrigir as contas públicas “sem penalizar” a população mais pobre do país. Ele ainda reforçou que o Congresso Nacional abriu uma agenda de reforma estrutural.
“Podemos [governo federal] fazer um ajuste pela primeira vez que não seja recessivo e que não aponte o dedo para as camadas que não têm vez”, disse o ministro. “Tem muito espaço fiscal para corrigir as contas sem penalizar quem precisa”, declarou Haddad durante o evento “Os Três Poderes e a Democracia: Conflitos e consensos”, promovido e organizado pela Revista Piauí.
No momento, o governo federal tem trabalhado em soluções para as questões relacionadas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O ajuste fiscal das contas da União é tratado junto ao Congresso Nacional desde o anúncio da alta do IOF, que não foi bem recebido tanto pelo mercado financeiro e por alguns parlamentares.
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Haddad ressaltou que o impasse do aumento do IOF foi “a melhor coisa que poderia ter acontecido”. Segundo o ministro, o Legislativo e Executivo se uniram para fazer um ajuste fiscal estrutural e arrumar o “quadro herdado” das gestões anteriores.
“O que aconteceu de uma semana para cá foi a melhor coisa que podia ter acontecido. E nós devemos muito isso aos presidentes Hugo Motta (Câmara) e [Davi] Alcolumbre (Senado), porque, quando a crise, vamos chamar assim, se instalou, o papel que se esperava dos dois presidentes, institucionalmente falando, era exatamente o papel que eles cumpriram de uma maneira muito eficaz”, completou ele.
Plano de voo “bem montado”
Mais cedo, Haddad indicou que o governo montou um “plano de voo” bem estruturado para o ajuste fiscal. “Penso que o ‘plano de voo’ está bem montado. Vamos todos [equipe econômica] hoje, antes da viagem do presidente, apresentar a ele todos os pontos”.
A jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda, o ministro informou que o conjunto de medidas de ajuste fiscal deve contemplar um projeto de emenda à constituição (PEC) e um projeto de lei (PL), além de uma possível medida provisória (MP).
Fonte: Metrópoles