O Irã impôs restrições temporárias ao acesso à internet em todo o país. O Ministério da Informação e Tecnologia da Comunicação do país justificou a medida citando preocupações com a segurança.
“Devido ao uso indevido da rede nacional de comunicação pelo inimigo agressor para fins militares e para colocar em risco a vida e a propriedade de pessoas inocentes, restrições ao acesso à internet foram impostas temporariamente por decisão das autoridades competentes”, afirmou a pasta em um comunicado.
Ainda de acordo com a nota, o acesso a “serviços públicos de comunicação e plataformas nacionais permanece disponível, e esforços estão sendo feitos para manter a qualidade dos serviços” para a população iraniana.
Isso ocorre depois que a NetBlocks, uma organização não governamental que monitora a administração da internet, afirmou que o Irã está passando por um apagão quase total.
“Dados da rede em tempo real mostram que o Irã está agora em meio a um apagão nacional quase total de internet”, pontuou a NetBlocks em uma publicação no X.
Confirmed: Live network data show #Iran is now in the midst of a near-total national internet blackout; the incident follows a series of earlier partial disruptions and comes amid escalating military tensions with Israel after days of back-and-forth missile strikes pic.twitter.com/Iu598aIMRJ — NetBlocks (@netblocks) June 18, 2025
O governo iraniano tem restringido frequentemente o acesso à internet no país. Durante os protestos nacionais em 2022, as autoridades implementaram vários bloqueios de internet em um esforço para reprimir a discórdia.
Troca de ataques entre Irã e Israel
A troca de ataques entre Israel e Irã começou na sexta-feira (13) de madrugada, no horário local, quando o governo israelense lançou uma ofensiva direcionada ao centro do programa nuclear iraniano e aos altos líderes militares do país.
Teerã iniciou a retaliação logo em seguida, aumentando novamente os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Ao todo, somando os dois países, mais de 200 pessoas morreram desde o início da troca de ataques.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) dizem que os ataques têm como objetivo impedir o desenvolvimento do programa nuclear do Irã, tido por eles como uma ameaça à existência israelense.