Rodrigo Zeidan, professor da New York University Shanghai, na China, e da Fundação Dom Cabral (FDC), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter entrado em um patamar de “político internacional”, assumindo um papel mais voltado para a diplomacia global do que para a gestão interna do país. “O Lula parece que está mais preocupado em viajar pelo mundo e fazer esse papel de diplomata, de elder statesman”, afirmou o professor durante o WW Especial, que foi ao ar nesse domingo (2).
O retorno à presidência e suas motivações
Zeidan levantou questionamentos sobre as motivações de Lula para retornar à Presidência. “Eu não sei se ele quer ser presidente”, ponderou o acadêmico, sugerindo que o retorno de Lula pode ter sido impulsionado mais pela percepção de uma “ameaça fascista” do que por um desejo pessoal de voltar ao poder.
O professor também observou que, apesar de Lula ser “super respeitado no mundo”, houve uma perda parcial desse respeito, especialmente na Europa, devido à sua aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin.
A atuação de Lula no cenário internacional
A análise de Zeidan sugere que Lula está operando mais como um “político aposentado” em algumas instituições internacionais, incluindo o Banco de Desenvolvimento Mundial. Esta postura, segundo o professor, reflete mais um papel de “estadista sênior” do que de um líder ativamente engajado nos desafios domésticos do Brasil.
“Não é que subiu à cabeça, mas é muito mais confortável”, comentou Zeidan sobre a preferência aparente de Lula por assuntos internacionais. Esta observação levanta questões sobre o equilíbrio entre as responsabilidades domésticas e as ambições diplomáticas do presidente brasileiro.
Apresentado por William Waack, programa é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.