O maquiador Agustin Fernandez, conhecido por trabalhar para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, usou as redes sociais nesta segunda-feira (24/6) para criticar a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) por empregar dois profissionais com formação em maquiagem como secretários parlamentares em seu gabinete na Câmara dos Deputados.
“Engraçado que, quando eu participava das produções de Michelle, viviam insinuando que eu era pago com verba pública mesmo eu prestando contas e postando os comprovantes de pagamento em meu cartão de crédito pessoal.. mas enfim, nada como o tempo né?”, escreveu Agustin em um comentário. “Quanto custa uma maquiagem que tira a cara de peão e deixa com cara de família branca burguesa capitalista americana?”, disparou.
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De acordo com o portal da transparência da Câmara, Índy Montiel está lotado no gabinete de Erika Hilton desde o dia 9 de junho, com salário de cerca de R$ 2,1 mil. Já Ronaldo Hass, também com formação em maquiagem, foi nomeado em maio e recebe R$ 9,6 mil.
Em resposta às críticas, a deputada Erika Hilton afirmou que os dois assessores desempenham funções administrativas e de comunicação no mandato, como produção de relatórios, elaboração de projetos, acompanhamento de comissões e organização de agendas. Segundo ela, os profissionais foram contratados por suas qualificações nessas áreas e, eventualmente, prestam serviços de maquiagem de forma voluntária e fora das atribuições oficiais.
“Não, meus amores, eu não contrato maquiador com verba de gabinete. Isso é simplesmente uma invenção. O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas em São Paulo, em Brasília, nos interiores e no exterior. Tudo completamente comprovado por fotos, vídeos e pelo próprio trabalho cotidiano deles […] Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, afirmou a parlamentar.
A Câmara dos Deputados permite a contratação de assessores parlamentares com recursos públicos para funções relacionadas ao mandato, mas o uso da verba para serviços de natureza pessoal, como maquiagem, é vedado.
Fonte: Portal LEODIAS