A tragédia envolvendo a publicitária e mochileira brasileira Juliana Marins, de 26 anos, no Monte Rinjani, Indonésia, traz à tona lembranças dolorosas de outro desastre ocorrido em 2018. A jornada dela terminou com um resgate angustiante, resgatado após quatro dias de busca – infelizmente, sem salvar sua vida

O acidente e a busca intensa
Juliana despencou cerca de 300 metros em uma trilha escorregadia na noite de 20 de junho de 2025. Vítima do cansaço, ela havia pedido pausa e acabou sozinha quando escorregou no chão úmido e instável. No dia 21, drones captaram sua presença a cerca de 500 m abaixo, mas o terreno íngreme, o nevoeiro constante e a impossibilidade de usar helicópteros impediram o acesso rápido. Uma equipe com cerca de 50 socorristas tentou o resgate, mas a confirmação do óbito só veio em 24 de junho, quando chegaram ao local montanhoso.
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Renascem memórias do terremoto de 2018
Enquanto a comoção pela morte de Juliana toma conta, voltam à tona lembranças do terremoto de magnitude 6,4 que sacudiu Lombok em 29 de julho de 2018. Naquele evento, cerca de 820 pessoas — entre turistas e guias — enfrentaram trilhas instáveis, fendas que surgiam no chão e deslizamentos repentinos.
Mais de 500 ficaram isolados nas encostas, exigindo uma operação que envolveu helicópteros lançando suprimentos e equipes abrindo caminho para resgatar 543 pessoas, segundo dados da AFP.
Como foi o resgate do corpo de Juliana Marins na Indonésia?

Histórias de sobrevivência e superação
Entre os sobreviventes esteve a advogada canadense Mackenzie Irwin, que relatou o pânico entre desmoronamentos e tremores. Em uma entrevista, ela confessou que “não sabia quando outro terremoto viria”, descrevendo a descida como desesperadora. Difícil de esquecer, a experiência ainda causa angústia e insônia dias depois .
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O vulcão e seus riscos permanentes
Com seus 3 726 m de altitude, o Monte Rinjani é o segundo pico mais alto da Indonésia, com caldeira impressionante e turismo forte. Mas suas encostas trazem riscos: erupções, erosão, clima instável e quedas frequentes. Somente na última década, vítimas russas, malaias, israelenses e mesmo brasileiros passaram por incidentes graves ou fatais
Um alerta para aventureiros
Esse cenário reforça o quanto é essencial preparação física, equipamento adequado e acompanhamento por guias especializados. Além disso, atenção redobrada em caso de neblina, chuva ou noites frias se impõe. As autoridades locais mantém monitoramento constante do vulcão, mas o risco natural persiste .
O episódio que vitimou Juliana une-se ao passado trágico de 2018 para lembrar que montanhas imponentes como o Rinjani guardam belezas inacreditáveis – e perigos reais. O esforço dos resgatistas merece reconhecimento, e a história de sobreviventes como Mackenzie mostra que, apesar do medo, é possível superar o impossível quando há solidariedade e coragem.
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Fonte: OFuxico