Brian Wilson, cofundador dos Beach Boys e responsável por transformar o som do pop americano, morreu aos 82 anos. A confirmação da morte veio por meio de uma publicação nas redes sociais da família. O artista enfrentava um distúrbio neurocognitivo similar à demência, condição revelada publicamente no início de 2024.
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Brian deixou duas filhas, Carnie e Wendy, fruto do casamento com Marilyn Rovell, iniciado em 1964. Também era pai de cinco filhos adotivos, criados ao lado de Melinda Ledbetter, sua segunda esposa, falecida em 2024.
Nascido em 20 de junho de 1942, na cidade de Inglewood, Califórnia, Wilson cresceu sob influência musical do pai, Murry Wilson, que foi empresário dos Beach Boys. Na adolescência, Brian demonstrava talento tanto no esporte quanto na música. Foi ainda na Hawthorne High School que ele começou a desenvolver seu reconhecido ouvido para harmonias.
Ascensão dos Beach Boys e os conflitos com o pai
No verão de 1961, Brian formou os Pendletones ao lado dos irmãos Carl e Dennis, do primo Mike Love e do amigo Al Jardine. Pouco depois, entretanto, o grupo adotou o nome definitivo: The Beach Boys. Lançado pelo selo Calpix, o single “Surfin’” virou sucesso regional. Logo a banda assinou contrato com a Capitol Records.
O sucesso nacional veio logo em seguida. Em 1963, “Surfin’ U.S.A.” alcançou o segundo lugar nas paradas. Entre 1963 e 1965, os Beach Boys lançaram três álbuns de estúdio por ano e mantiveram dessa forma uma agenda intensa de shows. Durante esse período, aliás, Brian Wilson se consolidou como gênio criativo da banda, desenvolvendo harmonias inovadoras e gravando vocais em falsete.
Apesar do prestígio, os conflitos com o pai Murry – descrito como controlador e principalmente agressivo – e a pressão para manter o ritmo de produção começaram a afetar sua saúde mental. Após um ataque de pânico em um voo, no fim de 1964, Wilson decidiu abandonar as apresentações ao vivo.
Isolamento, vícios e tutela de Brian Wilson
O afastamento dos palcos coincidiu com o uso de LSD, e em 1965, Brian Wilson compôs “California Girls”, marcando uma nova fase musical. Sua instabilidade emocional, no entanto, se agravou. A primeira esposa, Marilyn, contratou o psiquiatra Eugene Landy para tratar o músico durante a produção dos álbuns “15 Big Ones” (1976) e “Love You” (1977).
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A influência de Landy se intensificou. O terapeuta controlava cada aspecto da vida de Wilson até 1992, quando foi proibido por decisão judicial de manter contato com o cantor. Com o apoio de Melinda Ledbetter, Brian retomou parte de sua saúde mental e voltou a produzir. Em 2004, lançou “Brian Wilson Presents Smile”, um projeto abandonado décadas antes, aclamado pela crítica.
Wilson ainda retornou aos palcos, tanto em carreira solo quanto com os Beach Boys. Em 2012, liderou a turnê de 50 anos da banda e lançou o álbum “That’s Why God Made the Radio”. Já em 2021, vendeu seus direitos autorais à Universal por mais de US$ 50 milhões.
Nos últimos anos, com a saúde comprometida, Wilson ficou sob tutela legal. A decisão veio no fim de 2024, meses antes de sua morte.
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Fonte: OFuxico