O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira (25) recuperando parte das perdas desta terça-feira (24) a medida que investidores monitoram de perto o cessar-fogo entre Israel e Irã.
Segundo analistas, a demanda por ativos de segurança ainda segue apoiada pela possibilidade de uma nova escalada no conflito, já que os ataques dos EUA parecem ter atrasado o programa nuclear do Irã em apenas alguns meses, de acordo com um relatório de inteligência obtido por alguns veículos de imprensa.
O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 0,27% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia em US$ 3.343,10 por onça-troy.
O presidente americano, Donald Trump, repetiu diversas vezes nesta quarta-feira que o programa nuclear do Irã foi “completamente destruído”, negando reportagens da CNN e do New York Times, que alegaram ter acesso a um relatório preliminar do Pentágono apontando que os ataques não destruíram as unidades. O republicano, apesar de dizer que a “guerra acabou”, admitiu que tanto Israel como o Irã podem recomeçar ataques “muito em breve”, ao ser questionado em Haia.
Apesar do ceticismo que ronda o cessar-fogo, os indicadores técnicos de negociação estão apontando para o enfraquecimento do conflito de curto prazo e para a realização de mais lucros do ouro, já que o metal precioso subiu mais de 26% no acumulado do ano, diz Russell Shor, do Tradu.com.
“A perspectiva de curto prazo para o ouro é de baixa, mas qualquer novo surto geopolítico ou fraqueza sustentada do dólar pode reavivar rapidamente o apelo do metal dourado”, alerta Shor.
Segundo o Commerzbank, o preço do ouro está resistente hoje graças à especulação sobre cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). Alguns dirigentes indicaram recentemente que poderiam apoiar uma flexibilização ainda esse ano, ressalta o banco alemão.
Brasil tem a 2ª maior taxa de juro real no mundo após alta da Selic