A presidente do Tribunal de Contas do Acre (TCE), Dulce Benício, ignorou o prometido critério da idoneidade técnica para contratar seu grupo seleto.
Acusada de subserviência ao seu ex-patrão, Jorge Viana, a conselheira acomoda muitos amigos da era vianista no Acre. Um caso, em especial, chamou a atenção de um jurista que fez denúncia ao oseringal, instantes atrás.
Dulce nomeou como seu assessor especial, lotado no Gabinete da Presidência – e salário superior a R$ 16 mil – o secretário adjunto de Saúde no governo Jorge Viana, o sociólogo Irailton Lima, que foi condenado pela própria corte de contas por irregularidades apontadas como “insanáveis”.
Irailton, como gestor da saúde pública, não apresentou extratos bancários e conciliação bancária que comprovassem a alegada existência de recursos deixados para o ano de 2011. A falha comprometeu a transparência dos atos contábeis junto ao orçamento.
O dinheiro não comprovado foi calculado em R$ 33.194,90. O TCE não informa se os recursos públicos foram devolvidos, e a multa de R$ 8 mil foi, de fato, recolhida ao fundo específico criado para receber dinheiro público proveniente de multas e dinheiro público desviado por maus gestores.
Irailton foi braço direito da então senadora Marina Silva e também foi nomeado como gestor do Instituto de Desenvolvimento da Educação Profissional Dom Moacir Grechi (IDM).
Dulce chegou ao TCE por indicação pessoal de Viana, a quem ela serviu por muitos anos como assessora jurídica.