Após críticas pela demora no restabelecimento da energia em períodos de chuvas fortes na cidade de São Paulo, a Enel apresentou um plano de investimento de R$ 10,4 bilhões na área de concessão no estado, que abrange 24 municípios, incluindo a capital, no período de 2025 a 2027.
O valor faz parte de um plano nacional de R$ 25 bilhões para os próximos três anos, segundo o CEO Antonio Scala.
O plano foi apresentado na segunda-feira (16) durante um encontro entre representantes da empresa e 14 vereadores da capital, incluindo o presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União).
Na ocasião, os vereadores conheceram o Centro de Operações da empresa e tiraram dúvidas sobre os serviços prestados.
Durante a apresentação, a Enel informou que, segundo dados da Aneel, houve redução de 50% no tempo médio de atendimento durante o verão deste ano, mesmo com aumento de 30% nas ocorrências em relação ao ano anterior.

A empresa também destacou ações como a contratação de 1.200 novos funcionários na região metropolitana, dois novos centros de formação de eletricistas e a realização de 600 mil podas preventivas de árvores em 2024.
Os vereadores afirmaram que vão fiscalizar e acompanhar se os investimentos prometidos serão executados até 2027.
“Era muito grave a nossa situação. Hoje, apresentaram um novo plano, trocaram o time, é uma nova direção, novos investimentos, mais funcionários. Parece que agora a coisa vai caminhar bem”, disse Ricardo Teixeira após a reunião.
Por conta das falhas e demora no atendimento, a Enel esteve no centro de críticas dos políticos e chegou a receber multa de R$ 13,3 milhões do Procon-SP em 2024.
Apagões em São Paulo
Em abril deste ano, mais de 50 mil imóveis ficaram sem energia na área concedida pela empresa no dia 18. Na ocasião, a capital estava em estado de atenção para alagamentos.
Anteriormente, no dia 10 de abril, o temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo deixou mais de 90 mil imóveis sem energia elétrica.
Em outubro de 2024, mais de 2 milhões ficaram sem energia após chuvas e a Enel acabou multada pelo Procon em R$ 13,3 milhões.
Em novembro de 2023, de acordo com um balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o pico da situação teve 3,7 milhões de pessoas atingidas, também após fortes chuvas. Depois de 24 horas, cerca de 2 milhões de pessoas ainda ficaram sem energia em todo estado de São Paulo.